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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Por maior retorno, eólica busca equipamento chinês
Preocupado com a queda
cada vez maior do preço final
do megawatt nos leilões de
energia eólica, Otávio Silveira, presidente da Galvão
Energia, pretende pesquisar
na China equipamentos necessários para suas usinas.
A empresa, que arrematou
a concessão de quatro usinas
de geração de energia eólica
a serem implantadas no Rio
Grande do Norte, no mês passado, tem de investir R$ 1,5
bilhão em equipamentos, segundo Silveira.
"Na China, o valor da compra cairia de 15% a 20%, mas
seria R$ 1,5 bilhão que poderia estar investido no Brasil e
vai para fora, gerando emprego para chineses", diz.
"Diferentemente de americanos e europeus, não trazem a fábrica para o Brasil. O
emprego fica lá e eles vendem com uma solução de financiamento acoplada",
afirma Silveira.
"Ficamos entre pensar no
país e na sobrevivência da
empresa."
A Galvão Energia vendeu
cada MW pouco acima dos
R$ 134,50, dentro do preço
médio atingido no primeiro
leilão de 26 de agosto, o LFA
(Leilão de Fontes Alternativas), enquanto as empresas
que participaram do segundo leilão ocorrido no mesmo
dia, o LER (Leilão de Energia
de Reserva), venderam a
mesma energia por cerca de
R$ 122,00 em média.
A queda de quase 10% sobre os preços médios do primeiro leilão- que já representaram um patamar inferior ao leilão feito em 2009 e à
expectativa do mercado-
provocada pela forte concorrência no setor, começa a inviabilizar empreendimentos.
"Não acreditamos que esse preço vá se sustentar, mas,
como empreendedores, não
podemos esperar", afirma.
"O governo produz tanta competição na
geração de energia eólica que isso começa a
comprometer a saúde do setor"
"Com 2.000 MW por ano comercializados pelas
empresas, R$ 6 bilhões em equipamentos
podem deixar de ser comprados no Brasil"
OTÁVIO SILVEIRA
presidente da Galvão Energia
Cartão de crédito lidera reclamações de produto não solicitado no Procon
Os Procons de todo o país
receberam 2.304 reclamações por envio de serviço ou
produto não solicitado entre
julho de 2009 e junho deste
ano, segundo o Sindec (Sistema de Informações de Defesa
do Consumidor), do Ministério da Justiça.
Os cartões de crédito estão
no topo da lista, com 1.323 reclamações, seguidos pelos
bancos, com 367.
O envio de cartões não pedidos não é o único problema, segundo Renata Reis,
técnica do Procon-SP.
"Consumidores que nem
receberam os cartões entram
em sistemas de proteção ao
crédito por dívidas. Se possuem cartão, recebem fatura
com seguro e título de capitalização não contratados."
Apesar dos números altos,
as demandas da área parecem cair no Procon-SP. No
primeiro semestre, o órgão
recebeu 285 reclamações do
tipo, ante 779 em todo o ano
anterior, segundo o órgão.
Saúde Os planos exclusivamente odontológicos cresceram 1,8% no segundo trimestre, informa o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar. O
aumento é de 242 mil beneficiários. A modalidade avançou
menos que os planos médicos.
Os planos por adesão caíram
0,6%. Houve alta de 3,8% na
faixa acima de 59 anos.
Construção O projeto de
revitalização do Largo da Batata, em São Paulo, vai receber
o empreendimento DNA Pinheiros, que está sendo desenvolvido pela Lucio Engenharia. A incorporadora prevê investimentos de cerca de R$ 30
milhões no projeto, voltado ao
público solteiro de poder aquisitivo elevado.
REUNIÃO DE CONDÔMINOS
O Bradesco lança nesta semana uma linha de crédito
voltada para reformas de
condomínios residenciais e
comerciais no país.
O Secovi-SP (Sindicato da
Habitação) afirma que o projeto de financiamento corresponde a um antigo pleito dos
condomínios de São Paulo.
Os recursos serão usados
para financiar obras como reformas de fachadas, modernização de elevadores, individualização de água, entre
outros, segundo o Secovi,
que se reuniu com banco para discutir o projeto.
Para ter o empréstimo, o
condomínio deve ser correntista do banco e representado
legalmente pelo síndico.
PILHADO
Depois do Nordeste e do
Estado de São Paulo, as pilhas alcalinas Red Force
chegam ao Sul. A empresa,
com sede em Campinas
(SP), abriu neste mês uma
filial em Santa Catarina.
A meta é atingir 25 mil
pontos de venda nos três
Estados até o fim do ano.
O próximo passo, para o
início de 2011, é começar a
distribuição nos demais Estados do Sudeste.
"Vamos entrar forte na
região com a expansão da
nossa linha, para pilhas comuns, baterias e lanternas", diz Renato Maudonnet Jr., sócio da empresa.
As pilhas Red Force são
fabricadas na China. "O
país produz 90% do produto comercializado no mundo. O custo lá é menor. Há
incentivos governamentais
e mão de obra mais barata."
A empresa planeja abrir
até o final do ano uma filial
em Recife. "O Nordeste representa 60% das nossas
vendas. Só Pernambuco é
responsável por 35%", diz.
A tendência do mercado
é crescer, segundo o empresário. "Com o aumento da
renda das classes C e D, um
número maior de pessoas
tem acesso a aparelhos de
TV, de som e DVD, todos
com controle remoto que
usam pilhas."
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
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