São Paulo, terça-feira, 30 de novembro de 2010

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Indústria prevê melhora com novo conselho

DE RIBEIRÃO PRETO

A criação do Consecitrus (Conselho Estadual de Citricultura), que irá direcionar as relações entre os citricultores e a indústria esmagadora, servindo de base para a definição do preço da fruta, deverá também aumentar a participação do produtor na quantidade de laranja que é enviada para processamento nas fábricas.
A opinião é do diretor corporativo da Cutrale, Carlos Viacava. "No setor canavieiro, a criação do conselho permitiu o aumento de produção de cana por parte dos fornecedores. Acho que com a laranja isso deve ocorrer de forma parecida."
Para Viacava, com o Consecitrus, o setor deixaria de focar na transação entre citricultor e indústria, já que o preço pago pela fruta estaria estabelecido previamente. "Com isso, o citricultor vai focar na produção."
No caso da Cutrale, a laranja que sai de pomares "independentes" já é maioria -atualmente, só 35% da fruta processada na safra sai de fazendas da própria companhia.
Até o próximo dia 17, a CitrusBR realiza uma série de encontros com citricultores das regiões de Cordeirópolis, Araraquara, São José do Rio Preto, Bebedouro e Itápolis (SP) para discutir a formação do Consecitrus.
Está prevista a criação de uma fórmula fixa para remunerar os produtores, como acontece com a cana.
No caso da cana, o ATR (açúcar total recuperável) é usado como base para essa fórmula. Para a laranja, a base seria o "sólido solúvel", que mede a concentração de extrato da fruta para a produção de suco.
O presidente da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores), Flávio Viegas, diz que a criação de uma fórmula de preço para o setor é viável, mas precisa ser feita de maneira equilibrada -balizada principalmente no custo de produção da laranja.


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