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Indústria prevê melhora com novo conselho
DE RIBEIRÃO PRETO
A criação do Consecitrus
(Conselho Estadual de Citricultura), que irá direcionar
as relações entre os citricultores e a indústria esmagadora, servindo de base para
a definição do preço da fruta, deverá também aumentar a participação do produtor na quantidade de laranja que é enviada para processamento nas fábricas.
A opinião é do diretor corporativo da Cutrale, Carlos
Viacava. "No setor canavieiro, a criação do conselho permitiu o aumento de
produção de cana por parte
dos fornecedores. Acho que
com a laranja isso deve
ocorrer de forma parecida."
Para Viacava, com o Consecitrus, o setor deixaria de
focar na transação entre citricultor e indústria, já que o
preço pago pela fruta estaria estabelecido previamente. "Com isso, o citricultor
vai focar na produção."
No caso da Cutrale, a laranja que sai de pomares
"independentes" já é maioria -atualmente, só 35% da
fruta processada na safra
sai de fazendas da própria
companhia.
Até o próximo dia 17, a CitrusBR realiza uma série de
encontros com citricultores
das regiões de Cordeirópolis, Araraquara, São José do
Rio Preto, Bebedouro e Itápolis (SP) para discutir a formação do Consecitrus.
Está prevista a criação de
uma fórmula fixa para remunerar os produtores, como acontece com a cana.
No caso da cana, o ATR
(açúcar total recuperável) é
usado como base para essa
fórmula. Para a laranja, a
base seria o "sólido solúvel", que mede a concentração de extrato da fruta para
a produção de suco.
O presidente da Associtrus (Associação Brasileira
de Citricultores), Flávio Viegas, diz que a criação de
uma fórmula de preço para
o setor é viável, mas precisa
ser feita de maneira equilibrada -balizada principalmente no custo de produção da laranja.
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