São Paulo, quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

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Campo Lula terá mais 4 poços perfurados

Com os novos locais, a extração de óleo chegará a 100 mil barris/dia até o começo de 2012, segundo a estatal

Planos preveem ainda, em 2013, a implantação de uma segunda unidade-piloto de produção de óleo e gás

DO RIO

Os próximos passos da Petrobras na antiga área de Tupi, rebatizada como campo de Lula, serão a perfuração de mais três ou quatro poços produtores de petróleo até o fim de 2011.
Eles serão ligados à plataforma Cidade de Angra dos Reis, já instalada no campo e cuja produção está limitada, por determinação da ANP (Agência Nacional do Petróleo), a 15 mil barris por dia atualmente, para evitar maior queima de gás.
Com os novos poços, a extração de óleo chegará a 100 mil barris/dia (capacidade total da unidade) até o início de 2012, segundo a Petrobras -volume que equivale a 5% da extração total de óleo da companhia no país.
Essa unidade é a chamada de piloto, pois ainda coleta dados para fazer a avaliação das reservas do campo e porque ainda será instalado um sistema definitivo de produção em 2014, com capacidade de 180 mil barris/dia.
Para escoar o gás e permitir o aumento imediato da produção, foi construído um gasoduto marítimo para ligar Lula ao campo de Mexilhão, também na bacia de Santos. Esta última área já tinha um duto instalado até Caraguatatuba (SP). Falta apenas terminar um trecho terrestre até Taubaté (SP), o que deve ocorrer no começo de 2011.
O diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), Rafael Schechtman, alerta para riscos que possam ocorrer na produção dos novos campos, que terão condições inéditas na indústria do petróleo, seja pela profundidade do reservatório ou pela distância da costa.
"A Petrobras vai ter de apresentar um prazo para começar a produzir. Nessa fase de pré-produção, podem começar a surgir alguns pepinos. Pode ser que não tenha a produtividade esperada."
Os planos preveem ainda, em 2013, a implantação de uma segunda unidade-piloto de produção de óleo e gás do campo de Lula, que produzirá até 120 mil barris/dia. Irá para uma área até então chamada de Tupi-Nordeste.
A estatal também desenvolve outras áreas do pré-sal. Na semana passada, entrou em operação o teste de longa duração da área de Guará, em outro bloco de concessão (BMS-9) do pré-sal da bacia de Santos -Lula está no BM-S-11. O teste será usado para coletar dados para declarar a viabilidade comercial. (CJ e PS)


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