São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 2011

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Petrobras quer sócio para projeto de Suape

Polo petroquímico da estatal em Pernambuco está previsto em R$ 5 bilhões e deve iniciar operação neste ano

Grupo têxtil indiano Reliance e Braskem já estariam em conversas sobre o assunto; estatal não cita interlocutores

PedroLobo - 21.mar.07/Bloomberg
Mina Casa da Pedra, onde os trabalhadores decretaram greve por reajuste nos salários e na participação nos lucros

LEILA COIMBRA
ENVIADA A IPOJUCA (PE)

A Petrobras busca sócios para o seu projeto petroquímico no Complexo de Suape, em Pernambuco -um investimento de R$ 5 bilhões e com previsão para entrada em operação no segundo semestre deste ano.
O diretor de abastecimento e refino da estatal, Paulo Roberto Costa, disse que uma das alternativas é que a Petrobras permaneça apenas com uma participação minoritária na PetroquímicaSuape, nos mesmos moldes do projeto inicial, em que possuía 40% do total. Agora, tem 100% da petroquímica.
Ele não quis dizer com quais grupos as conversas estariam adiantadas, mas se especula que seja com o grupo têxtil indiano Reliance e com a Braskem.
O grupo Vicunha e a Filament Tecnology (FIT) eram parceiros da Petrobras no empreendimento, mas saíram em meio à crise de 2008.
Costa disse que o objetivo atual da estatal é erguer, mesmo sozinha, todo o complexo industrial em Suape, composto também pela Refinaria Abreu e Lima, um investimento de R$ 26 bilhões.
Na refinaria, a parceria é com a estatal venezuelana PDVSA, que ainda não colocou nenhum centavo dos R$ 7 bilhões aplicados até agora no projeto.
A Petroquímica Suape é um complexo industrial formado por três fábricas que atuarão de forma integrada.
Já a Refinaria Abreu e Lima, cujo início das operações está previsto para 2013, terá capacidade de refino de 230 mil barris de petróleo por dia.

BERTIN
A Petrobras informou ontem não ter interesse em assumir a construção de termelétricas do grupo Bertin.
Apesar de correntes do governo defenderem a entrada da Petrobras nesses negócios, o diretor financeiro e de relações com investidores da estatal, Almir Barbassa, disse que essa alternativa não está sendo cogitada.
"Não estamos analisando a alternativa de aquisição dessas usinas", afirmou o executivo, durante o seminário Rio Investors Day.
A Petrobras é sócia da Bertin em duas usinas que estão em operação.
Na semana passada, a petrolífera cancelou contratos de fornecimento de gás para cinco usinas do grupo Bertin cujas construções estão emperradas.
Uma delas deveria estar operando desde janeiro. As outras quatro têm compromisso de gerar a partir de 2013.
A Bertin tem contratos de entrega de energia firmados em leilões e enfrenta pressão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para que todos sejam cumpridos.
O grupo deve quase R$ 1 bilhão em garantias, e pode perder a autorização para construir essas usinas.

Colaborou CIRILO JUNIOR, do Rio

A repórter LEILA COIMBRA
viajou a convite da Petrobras


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