São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 2011

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Justiça condena Ricardo Mansur a 11 anos de prisão

Ex-controlador da Mesbla e do Mappin, empresário recorrerá em liberdade

Crime é de gestão fraudulenta; outros dois ex-diretores pegam quatro anos e também apelarão em liberdade

FELIPE VANINI BRUNING
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Mais de dez anos depois da quebra de seus negócios, o empresário Ricardo Mansur, ex-controlador da Mesbla e do Mappin, entre outras, foi condenado a 11 anos e meio de prisão por gestão fraudulenta no Mappin Previdência Privada e no banco Crefisul.
Outros dois ex-diretores das empresas -Herald Paes Leme e Realsi Roberto Citadella- foram condenados a quatro anos de prisão.
A condenação é em primeira instância.
O juiz da 6ª Vara Criminal de São Paulo, Marcelo Costenaro Cavali, concedeu aos réus o direito de apelar em liberdade. "As consequências do crime foram especialmente danosas ao sistema financeiro nacional", diz Cavali.
Os crimes ocorreram entre meados de 1998 e 1999.
"Na véspera da liquidação do Crefisul, Mansur teria realizado saque a descoberto no valor de R$ 10 milhões", diz Cavali, na sentença. Nessa época, o banco tinha dívidas de mais de R$ 120 milhões só com o Banco Central.
O advogado de defesa de Mansur, Marcelo Gomes de Sá, alega que ele não comandou as ações.
"Como administrador de vários negócios, Mansur não teve participação nas operações", diz seu advogado.

CASARÃO
A massa falida dos ex-funcionários do Mappin e da Mesbla deve receber um reforço com a venda de uma propriedade de R$ 35 milhões, que Mansur tentou passar para um terceiro.
Ele alegava ter vendido o casarão, antes da falência de suas empresas, por US$ 1 milhão. A Justiça rejeitou as alegações e classificou o preço dado por Mansur como "vil".


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