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Continuará alto o preço do cacau, diz fabricante
Escassez e demanda alta são os motivos
HAIG SIMONIAN
DO "FINANCIAL TIMES", EM ZURIQUE
O maior fabricante mundial de chocolate disse que os
preços do cacau, que atingiram sua mais alta marca em
33 anos, devem se manter
elevados devido à pressão
continuada da demanda e à
escassez de suprimentos.
Jürgen Steinemann, presidente-executivo da Barry Callebaut, a fabricante de chocolate que fornece esse ingrediente a diversos dos maiores
produtores de alimentos do
mundo, disse que, "neste
momento, o cacau é um material escasso. A demanda
vem subindo, com isso, os
preços subiram".
Steinemann relutou em
prever preços, mas em entrevista ao "Financial Times"
declarou que, "caso você leve em consideração os fundamentos, eu tenderia a dizer que os preços não vão
cair".
"Se isso nos deixa contentes? Não", acrescentou.
A Barry Callebaut, sediada
em Zurique, é a mais influente companhia mundial no
mercado de cacau, e em companhia das "tradings" norte-americanas Cargill e ADM é
uma das maiores compradoras da commodity. Outros
participantes do mercado
são a Touton, da França, e a
Olam, de Cingapura.
Os comentários de Steinemann surgiram depois que
os preços do cacau atingiram
a marca de 2.732 libras por tonelada, em Londres, no começo do mês. A alta acentuada no preço se segue a uma
sucessão de safras ruins na
Costa do Marfim, maior produtor mundial e responsável
por 40% da oferta de cacau
no planeta, e de uma recuperação vigorosa na demanda
pelo produto depois que as
empresas esgotaram os estoques acumulados no ano
passado.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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