São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Patrocínios na Copa

"Escolhemos ter a Semparar para fazer menos para fazer melhor", afirma a empresária Bia Aydar.
O primeiro contrato fechado pela nova empresa de Aydar e a irmã Fernanda Nigro foi com a Nestlé para a Seleção Brasileira e para a Fifa.
A marca terá exclusividade na venda de sorvetes e chocolates em estádios nos jogos da Copa de 2014.
"Agimos para otimizar esse contrato, em todas as etapas. Em uma grande empresa, não dá para pensar em tudo", afirma Aydar. Os clientes terão a atenção direta das sócias, garante a dupla.
Em dezembro passado, após mais de sete anos no comando da MPM, do Grupo ABC, de Nizan Guanaes, Aydar e Nigro deixaram a sociedade para criar a agência de atendimento exclusivo que mira o mercado de entretenimento, segundo as irmãs.
O modelo de agência de publicidade tradicional ficou para trás, afirmam elas. O trabalho agora se volta com muita ênfase para a intermediação de negócios.
"Não vamos colocar a "mão na massa", como fazíamos antes. A empresa vai ajudar a buscar parceiros de todas as áreas envolvidas", diz. "A agência se posiciona como grande facilitadora", completa Fernanda, que segue responsável pela administração na nova empresa.
A Semparar tem uma das quatro cotas nacionais para o Mundial. O Itaú fechou, por outra agência, sua cota para ser o banco oficial da Copa. No total, são cerca de US$ 2 bilhões entre as cotas nacionais e as oito internacionais. A Semparar não revela o valor do contrato. "Temos um pagamento mensal."

FRISSON DE FINAL DE MANDATO
Em vários ministérios e estatais se nota a velha "síndrome de fim de governo". É notória, principalmente em Brasília, a corrida contra o tempo para entregar projetos, antes de sair dos cargos na virada do ano. Tudo para não deixar os louros ao sucessor. Mesmo que venha a ser do mesmo partido ou aliado que está no poder.

O QUE ESTOU LENDO
Marcos Lisboa, vice-presidente do Itaú Unibanco
"Tenho o mau hábito de ler vários livros, e de assuntos diversos, ao mesmo tempo, o que significa que leio mal e desorganizadamente", conta Marcos Lisboa, que responde pela vice-presidência das áreas de risco operacional e eficiência do Itaú Unibanco. "Estou no meio de "A Escada dos Anos", de Anne Tyler, sobre uma mulher que desiste da família." O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda lê ainda a autobiografia de Mandela, ["Conversas Comigo Mesmo"]. "Surpreende como ele se expõe." Lisboa lê "The Finkler Question", de Howard Jacobson. "Estou curioso para ler, porém, "Nemesis", de Philip Roth, um dos meus autores favoritos."

ZOOM NA MESA
Marcos Bicudo, presidente da Philips no Brasil
Na Philips, o presidente não tem mais mesa própria. Desde agosto, quando a rotina da empresa começou a ser transferida a um novo escritório em Barueri (SP), Bicudo ocupa qualquer computador que acha livre pela frente. Os outros funcionários fazem o mesmo. "Adotamos novos conceitos de sustentabilidade, inovação e mobilidade. A ideia é praticar os princípios", diz Bicudo. O "novo paradigma", segundo Cláudia Andrade, do Andrade Azevedo Arquitetura Corporativa, que atuou no projeto, inclui salas de reunião, individuais, quando é preciso silêncio, e prevê trabalho de casa. Tudo feito para economizar energia, reduzir impacto ambiental, aumentar integração e qualidade vida ao funcionário, segundo a empresa.

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES


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