DO RIO

Os novos moradores de um condomínio residencial do PAC no Complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte do Rio, enfrentam dificuldades de adaptação, com contas elevadas para seu padrão de renda e preocupações com a segurança.
Derli Pacote França, 45, vive em um apartamento de dois quartos.
Apenas 1 dos 8 membros da família está empregado. Em uma casa repleta de eletrodomésticos, ela tinha desligado quase todos nas últimas semanas depois de receber uma conta de luz no valor de R$ 75.
"Tiraram a gente da favela para passar fome no asfalto", reclama, ao lado de uma máquina de lavar encostada em um canto e de um micro-ondas fora da tomada.
Depois de morar em favelas controladas pelo tráfico, os moradores se preocupam agora com a segurança porque alguns prédios ficam próximos da rua. Quem tem mais recursos instala grades nas janelas. Outros estão se juntando para colocar câmeras de segurança.
De modo geral, os apartamentos foram entregues apenas com parte do acabamento. Nas salas e nos quartos, os próprios moradores instalaram o piso.


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