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Após deslize, presidente do Uruguai afaga a Argentina

Mujica havia chamado Cristina de 'velha'

SYLVIA COLOMBO DE BUENOS AIRES

Um dia depois de chamar a presidente Cristina Kirchner de "velha" e seu marido e antecessor, Néstor, de "caolho", o uruguaio José Mujica declarou que "nada nem ninguém poderá separar" a Argentina do Uruguai.

"Uruguaios e argentinos nasceram da mesma placenta", declarou, a uma rádio local. O presidente uruguaio, porém, não pediu desculpas pelas palavras ofensivas que, desavisadamente, proferiu sem saber que estavam sendo transmitidas ao vivo.

"Esta velha é pior que o caolho" ("esta vieja es peor que el tuerto"), disse Mujica em conversa com um prefeito. Referia-se às dificuldades nas relações comerciais com o país vizinho. Acrescentou, ainda, que para aproximar-se da Argentina era necessário dialogar antes com o Brasil.

O episódio teve ampla repercussão na Argentina, provocando desconforto no governo e uma avalanche de manifestações pró e contra Mujica nas redes sociais. "#EstaViejaEsPeorqueelTuerto" virou um "trending topic" no Twitter.

No final do dia, a chancelaria argentina divulgou uma carta em repúdio às palavras de Mujica, mas declarando que estas não abalariam as relações entre os dois países. A presidente Cristina Kirchner não se declarou sobre o assunto.

COMÉRCIO BILATERAL

O Ministério da Economia uruguaio anunciou ontem uma medida para limitar as compras de uruguaios na Argentina.

Nos últimos meses, com o dólar paralelo em alta no país, os uruguaios têm atravessado a fronteira para fazer compras.

Segundo a Dirección Nacional de Aduanas uruguaia, "a situação gerou, nas cidades limítrofes uma legítima preocupação com o comércio local, que poderia redundar na perda de fontes de trabalho".

A medida está sendo chamada de "Quilo Zero", no sentido de que impedirá que as malas viagem mais pesadas no caminho de volta entre Buenos Aires e Montevidéu.


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