Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Venezuela faz pacote para combater falta de produtos

Medidas do governo incluem aumento nos preços e incentivos a produtores

País tem carência crônica de produtos como farinha, açúcar, frango e leite em pó; inflação supera 20%

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Venezuela anunciou um aumento de 20% nos preços do frango, da carne bovina e do leite -o que, no último caso, também terá impacto em seus derivados.

A medida foi divulgada pelo vice-presidente, Jorge Arreaza, na noite de anteontem e visa combater a crise de desabastecimento de itens básicos que o país enfrenta.

Além do reajuste, o governo também anunciou isenção fiscal aos produtores agrícolas de alimentos, investimentos na produção de hortaliças, subsídio à produção de açúcar e a redistribuição de tarefas entre ministérios.

O aumento de preços é anunciado dias depois de o governo divulgar uma inflação de 4,3% em abril, em relação a março.

A taxa foi a maior registrada em um mês desde abril de 2010 e representa um aumento anualizado de 29,4%. A inflação tem se mantido acima dos 20% nos últimos anos na Venezuela.

Desde o fim do ano passado, os mercados venezuelanos enfrentam a falta de itens básicos, como farinha de milho, frango, e açúcar.

O problema é mais acentuado fora da capital. Na cidade de Barquisimeto, foi registrada uma fila para a compra de farinha de milho na qual os consumidores tinham o número das senhas escritos no antebraço.

O governo atribui a alta de preços e o desabastecimento à especulação de empresários que querem dar um "golpe econômico" no presidente, Nicolás Maduro.

"Definimos que os atores econômicos devem se manter à parte de toda atividade política e devem se dedicar à produção", disse Arreaza, que também questionou um suposto corte de produção ocorrido após dezembro.

Em entrevista à Reuters, Lorenzo Mendoza, presidente da Alimentos Polar, rebateu as críticas do governo afirmando que elas são consequência da série de nacionalizações feitas pelo governo no setor, durante a Presidência de Hugo Chávez.

Ontem, Maduro confirmou que se reuniria com Mendoza para discutir a questão.

GLOBOVISIÓN

Ainda ontem, o canal de notícias Globovisión teve sua venda oficializada em Caracas. Última emissora que fazia oposição aberta ao chavismo, ela teria sido comprada por empresários ligados ao governo.

A direção do canal havia sido oferecida ao jornalista Vladimir Villegas, que, no entanto, recusou o posto, alegando "diferenças" com os novos donos. Villegas teve uma longa trajetória no governo, sendo vice-chanceler de Maduro, cargo a que renunciou em 2007, quando rompeu com o chavismo.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página