Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Maduro intensifica compra de alimentos em visita à Nicarágua

Venezuela, que enfrenta a falta de 21 a cada cem produtos nos supermercados, importará carne, leite, açúcar e feijão

Governo de Honduras anunciou ontem que também vai pagar o petróleo venezuelano com seus alimentos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Diante da maior escassez de produtos básicos na Venezuela desde 2009, o presidente Nicolás Maduro visitou ontem a Nicarágua para "ampliar a cooperação no campo comercial", principalmente sobre os alimentos que desapareceram das prateleiras dos supermercados venezuelanos.

Desde maio, uma grande quantidade de produtos da Nicarágua já tem sido transportada para o país, em navios venezuelanos. Os principais são carne, leite, feijão e açúcar --além de gado.

Segundo a imprensa local, a expectativa é que o país centro-americano enviasse, só no primeiro semestre deste ano, 2.500 novilhos e 110 mil toneladas de açúcar à Venezuela.

O índice de escassez de produtos em abril no país --último dado divulgado pelo Banco Central-- foi de 21,3%, o maior dos últimos quatro anos. Ou seja, a cada cem produtos que deveriam estar nas gôndolas, mais de 21 não são encontrados na Venezuela.

"Agora vai haver mais cooperação energética, alimentar, financeira, social e em projetos turísticos", disse Maduro, durante visita ao porto Salvador Allende, em Manágua, com o colega, Daniel Ortega.

Por ano, a Venezuela vende, de forma subsidiada, cerca de 10 milhões de barris de petróleo à Nicarágua.

Outro país que pagará o petróleo venezuelano com mais produtos agrícolas é Honduras. Segundo o ministro da Agricultura hondurenho, Jacobo Regalado, o país exportará, por mês, US$ 60 milhões em alimentos para a Venezuela --em especial carnes, ovos, café, suco de laranja, feijão e farinha de milho.

"Os dois países negociam as cotas de excedentes da produção hondurenha e as necessidades do mercado venezuelano", disse Regalado a uma rádio local.

ESCASSEZ

Nas últimas semanas, Maduro autorizou a importação de 50 milhões de rolos de papel higiênico. A Assembleia Nacional aprovou uma verba de 500 milhões de bolívares fortes (R$ 162 milhões) para comprar, de outros países, produtos de higiene pessoal.

Entre os alimentos, a farinha de milho --usada para fazer a tradicional arepa-- é um dos símbolos da escassez. Recentemente, a Igreja Católica disse estar sob ameaça até mesmo seu estoque de vinho para celebrações.

A falta de produtos tem sido causada pela redução da produção no país. Maduro, contudo, culpa os fabricantes, que, segundo ele, estariam conspirando com a oposição para minar seu governo.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página