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Funcionários festejaram acusação de camareira contra Strauss-Kahn

Equipe de hotel fez 'dança de celebração', diz jornal 'Financial Times'

DE SÃO PAULO

Funcionários de segurança do hotel Sofitel, em Nova York, foram filmados pelo circuito interno de vídeo comemorando logo após a camareira Nafissatou Diallo contar a seus superiores que teria sido estuprada pelo então diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn.

A revelação é parte de uma reportagem publicada ontem pelo jornal britânico "Financial Times", que não exibiu os vídeos em seu site.

Strauss-Kahn foi acusado de estuprar a camareira no dia 14 de maio deste ano, em um quarto do Sofitel. Teve de renunciar a seu cargo no Fundo e ficou em prisão domiciliar por mais de um mês.

O tribunal americano retirou as acusações depois de constatar contradições nos depoimentos da camareira.

A reportagem de Edward Jay Epstein, que será publicada também na "New York Review of Books", revela que Brian Yearwood, engenheiro-chefe do Sofitel, e um homem desconhecido fazem sinais de comemoração, se cumprimentam e depois fazem uma "dança de celebração" de três minutos, logo após conversarem com a camareira e ela lhes contar sobre o suposto ataque.

O texto afirma que não fica claro "por que os dois estavam comemorando".

Segundo o "FT", John Sheehan, diretor de segurança da rede Accor, teria ligado para o francês René-Georges Querry, ex-chefe de combate a gangues na França e atual chefe de segurança da Accor, logo após saber do ocorrido.

No momento em que Sheehan estava ligando para Querry, o francês estava chegando a um jogo de futebol em Paris, a que assistiria no camarote do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

CELULAR HACKEADO

Outra revelação da matéria é que Strauss-Kahn sabia que seu Blackberry de trabalho, do FMI, fora hackeado.

Na manhã do escândalo, Strauss-Kahn recebeu torpedo de uma amiga que trabalhava no escritório de Paris do UMP, a sigla de Sarkozy.

A amiga teria avisado a ele que pelo menos um de seus e-mails privados - enviado à sua mulher, Anne Sinclair- tinha sido lido no escritório do UMP. Strauss-Kahn teria deixado seu Blackberry no Sofitel. Como o aparelho nunca foi encontrado, não há como verificar a acusação.

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