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Investigação de denúncia eleitoral atinge presidente da Coreia do Sul

Promotoria acusa ex-chefe da inteligência de difamar adversário de Park Geun-hye nas urnas

Caso provoca protestos em Seul; oposição põe cartazes nas ruas para convocar manifestação contra Park amanhã

DIEGO ZERBATO ENVIADO ESPECIAL A SEUL

Com cinco meses de mandato, a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, se vê envolvida em uma investigação da Promotoria que acusa o ex-chefe de inteligência do país de interferência na eleição que terminou com sua vitória, no ano passado.

A Promotoria acusa Won Sei-hoon, que controlava o Serviço Nacional de Inteligência, de dar ordens a seus agentes para fazer uma campanha contra o candidato opositor, Moon Jae-in, que perdeu a eleição por diferença de 1 milhão de votos.

As acusações são motivo de protestos que começaram em junho. No último sábado, cerca de 20 mil pessoas, a maioria estudantes e ativistas da oposição, fizeram um ato antigoverno em Seul.

A intenção de Won, dizem os promotores, era mostrar o opositor como alguém muito brando com a Coreia do Norte e incapaz de gerenciar a relação entre os dois países. Para isso, os agentes fizeram comentários contrários a Moon e "plantaram" declarações apócrifas de apoio do opositor a Pyongyang.

Won foi preso no último dia 10, mas por outra acusação: a de receber 100 milhões de wons (R$ 200 mil) de propina de uma construtora.

Nesta semana, o Parlamento iniciou uma investigação, que está na fase da escolha de membros.

Em Seul, foram colocadas diversas faixas para convocar a oposição para um novo protesto amanhã.

AGENTE FEMININA

As suspeitas em torno da lisura da eleição da presidente Park Geun-hye surgiram após uma agente feminina ser acusada, em abril, de postar informações contra Moon Jae-in no Todayhumor, fórum de humor muito usado pelos sul-coreanos.

Em resposta ao escândalo, Park exigiu uma reforma da agência que, segundo ela, "foi motivo de disputa de diversos governos". "É lamentável que, seis meses após a eleição presidencial, essa confusão volte a ressurgir. O propósito da agência é servir a seu país e a seu povo", afirmou na semana passada.

As intenções da nova presidente de mudar seu serviço de inteligência podem ter também motivos familiares. Seu pai, o ditador Park Chung-hee, foi assassinado em 1979 por um de seus agentes de inteligência durante um jantar na Casa Azul (sede do governo), dando fim a 16 anos de mandato.


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