Ex-presidente marfinense é levado a corte penal de Haia

O ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo, que estava preso desde abril, foi embarcado em voo para Haia (Holanda), onde deve ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional, que apura crimes contra a humanidade.

Gbagbo é acusado de responsabilidade por assassinatos, estupros e outros abusos durante quatro meses de conflito no país, provocados por sua recusa em transmitir o poder ao sucessor eleito, Alassane Ouattara. Acabou deposto por forças leais a Ouattara, com ajuda da França.

A advogada de Gbagbo, Lucie Bourthoumieux, confirmou a transferência do ex-presidente de sua prisão em Korhogo, no norte marfinense, para o TPI, mas alegou que não há acusações formais contra ele. "Foi uma decisão política", afirmou ela.

Nem o TPI nem a Procuradoria da Costa do Marfim se manifestaram sobre o tema.

Gbagbo é o primeiro ex-chefe de Estado a ser transferido para a corte, que também processa o presidente do Sudão, Omar Bashir, e vem investigando acusações de crimes na Líbia e no Quênia.