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Acidente pode impedir espanhóis de disputar trem-bala no Brasil

DIMMI AMORA DE BRASÍLIA

A empresa espanhola Renfe, operadora estatal dos trens em seu país e uma das principais interessadas em participar do leilão do trem-bala no Brasil, pode ficar fora da concorrência por causa do acidente de anteontem em Santiago de Compostela.

Em maio, a ministra espanhola de Infraestrutura anunciou que a Renfe, em parceria com a Ineco e a CAF, duas outras companhias espanholas, entraria na disputa.

O governo brasileiro obriga consórcios interessados a ter uma empresa operadora de trens de alta velocidade.

Um item do edital do trem-bala no Brasil diz, porém, que a operadora precisa declarar que "não participou da operação de qualquer sistema de TAV [Trem de Alta Velocidade] onde tenha ocorrido acidente fatal, no período de comprovação indicado [5 anos], por causas imputáveis à operação do sistema".

A regra de cinco anos sem registro de vítimas foi criada principalmente para afastar operadores chineses, considerados inexperientes --em 2011 houve um acidente naquele país com 33 mortos.

Agora, a regra poderá afetar também os espanhóis. Eles são apontados hoje como um dos dois grupos que ainda mantêm forte interesse em disputar o trem-bala no Brasil (o outro é o consórcio francês). O mercado considera improvável a participação de alemães, japoneses e sul-coreanos.

Como as causas do acidente ainda estão sendo investigadas, não é possível saber se elas são "imputáveis" ao operador. O leilão do trem-bala no Brasil está marcado para 13 de agosto.

Além disso, quando acontecem acidentes, as empresas responsáveis costumam dizer que o sistema não era de alta velocidade porque, apesar de ter um trem-bala operando, a via não estava totalmente preparada para aquele tipo de operação.

As autoridades podem considerar esse o caso do acidente na Espanha.

Apesar de o trem, em determinado trecho do percurso, chegar a até 250 km/h, no local onde ocorreu o acidente a velocidade máxima permitida era de 80 km/h, por se tratar de linha férrea antiga.

Procurada pela reportagem, a EPL (Empresa de Planejamento e Logística), que está à frente do projeto do trem-bala no Brasil, afirmou que não vai fazer nenhum comentário sobre o acidente espanhol.


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