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EUA decidem retirar diplomatas do Iêmen

Reino Unido também remove pessoal da embaixada em reação à ameaça de atentado rastreada por americanos

Para governo iemenita, medidas são excessivas e favorecem agenda extremista; "drone" mata 4 em ataque

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Os Estados Unidos pediram ontem que seus cidadãos deixem o Iêmen imediatamente, diante de uma grave ameaça terrorista nesse país.

O pessoal diplomático da embaixada americana em Sanaa, capital iemenita, foi transportado em um avião militar para uma base do país na Alemanha. O Reino Unido também retirou seus diplomatas da cidade.

O apelo dos EUA vem na sequência do fechamento das embaixadas americanas no Oriente Médio, motivado por mensagens interceptadas entre a liderança da rede terrorista Al Qaeda e de sua violenta franquia iemenita, a Al Qaeda na Península Arábica.

De acordo com a mídia americana, a comunicação entre Ayman al-Zawahiri, chefe da rede terrorista, dava conta de planos de um grande atentado nessa região.

Segundo os EUA, essa é a ameaça mais séria aos interesses ocidentais na região desde o 11 de Setembro.

O governo iemenita criticou as medidas americanas e britânicas, afirmando que elas "servem ao interesse dos extremistas". A nota do Departamento de Estado dos EUA pede "aos cidadãos americanos que não viajem para o Iêmen e aos que vivem ali que deixem imediatamente o país", pois o nível da ameaça é "extremamente alto".

À Folha Rajeh Badi, assessor presidencial do Iêmen, confirmou haver informações de inteligência a respeito de um ataque no país coincidindo com o fim do mês sagrado de ramadã, entre quinta e sexta-feira.

O sentimento antiamericano tem crescido no Iêmen, conforme o país é palco da estratégia de guerra ao terror, com dano colateral entre civis. Em setembro, uma multidão atacou uma construção da embaixada americana.

"DRONES"

Ontem, quatro suspeitos de fazer parte da Al Qaeda foram mortos no país por um ataque americano com um "drone" (avião não tripulado), de acordo com fontes tribais.

O incidente, confirmado com o governo do Iêmen, ocorreu na província de Marib, ao leste da capital.

Entre as vítimas estava Saleh al-Tays al-Waeli, que anteontem tivera seu nome divulgado pelo governo iemenita como um dos responsáveis pelos planos de um futuro ataque terrorista ali.

É o quarto ataque de "drone" no Iêmen desde 28 de julho, na intensificação da estratégia americana. Durante uma semana, ao menos 17 suspeitos foram mortos.

Em outro incidente, ao menos nove militares do Iêmen morreram quando integrantes de uma tribo derrubaram um helicóptero ontem.

De acordo com a rede ABC News, a Al Qaeda na Península Arábica desenvolveu novo explosivo líquido. Quando aplicado em roupas e seco, o material não seria detectável por agentes de segurança.

Ante a situação volátil, o Departamento de Estado diz que 19 de suas sedes diplomáticas permanecerão fechadas até sábado. Ontem, um falso alarme terrorista fez com que o consulado-geral dos EUA em Milão, no norte da Itália, fosse esvaziado.


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