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Rebeldes sírios dizem ter atacado comboio de Assad

Ação teria ocorrido quando ditador se dirigia a uma mesquita em Damasco

Regime nega atentado; logo depois, TV estatal mostra imagens de Assad em celebrações do fim do Ramadã

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Insurgentes sírios afirmaram ontem ter atacado um veículo de um comboio que transportava o ditador Bashar al-Assad para uma mesquita em Damasco.

Caso confirmada, essa ofensiva será a ação mais direta realizada por rebeldes contra o regime em mais de dois anos de crise.

O Ministério da Informação da Síria, no entanto, nega a revelação de que tenha havido um ataque contra Assad. Pouco depois, o ditador foi mostrado pela televisão durante celebrações de Eid al-Fitr, a conclusão do mês sagrado do Ramadã.

De acordo com o Exército Livre da Síria, o comboio que transportava Assad foi atacado por artilharia depois de os rebeldes terem coletado informações sigilosas a respeito da localização do ditador.

O general Firas al-Bitar, chefe de uma brigada responsável pela ação, disse à rede de TV Al Arabiya ser possível que o ditador estivesse em outro veículo do comboio.

O porta-voz do grupo rebelde Liwa al-Islam, que participou do ataque, disse à Al Jazeera ter certeza de que veículos foram atingidos por foguetes por volta das 7h (1h no Brasil). Diversas pessoas teriam sido mortas.

Segundo a oposição, as ruas nos arredores do escritório presidencial da Síria foram fechadas ontem à tarde após um ataque. Vídeos mostravam fumaça na área. Insurgentes afirmam ter disparado foguetes contra o local.

O levante na Síria foi iniciado em março de 2011, com protestos pacíficos. Após a repressão violenta do regime, o conflito tomou proporções de guerra civil e levou à tomada de regiões do país por insurgentes, além de ter causado mais de 100 mil mortes, pelas estimativas da ONU.

ARÁBIA SAUDITA

Fontes diplomáticas ouvidas por agências de notícias afirmaram que o governo da Rússia rejeitou uma proposta apresentada pela Arábia Saudita para que o país europeu retirasse o seu apoio ao regime de Assad.

Em contrapartida à mudança de lado, a Rússia receberia volumoso contrato de armamentos e o compromisso de ter impulsionada sua influência no mundo árabe.

A Rússia é hoje, ao lado da China, um dos últimos aliados da Síria. Juntos, ambos são o impedimento a sanções mais representativas contra o regime de Assad.

O príncipe Bandar bin Sultan, chefe dos serviços de inteligência da Arábia Saudita, esteve na Rússia em visita oficial no fim de julho.

A Rússia já afirmou, em outras ocasiões, que dará continuidade à entrega de seus mísseis avançados de defesa antiaérea para a Síria, um movimento criticado pela comunidade internacional.


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