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BC europeu teme agravamento da crise e pode reduzir os juros

Presidente, italiano Mario Draghi pede um "novo pacto fiscal"

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

"Os riscos de uma piora do cenário [econômico] aumentaram", reconheceu ontem Mario Draghi, o novo presidente do BCE (Banco Central Europeu), em seu primeiro discurso no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

O teor da apresentação alimentou as expectativas de uma ação mais decisiva dessa autoridade monetária para conter a crise, um dia depois da surpreendente ação coordenada dos bancos centrais para prover liquidez ao sistema financeiro mundial.

Analistas sublinharam a referência do economista italiano à obrigação de manter a estabilidade dos preços "nas duas direções", em uma menção rara sobre o risco de deflação no bloco.

Seu antecessor, Jean Claude Trichet, orgulhava-se do "combate duro" à inflação e chegou a aumentar os juros primários do bloco por duas vezes no primeiro semestre.

Na semana que vem, espera-se que BCE reduza a taxa básica de juros (a referência para o custo dos empréstimos) de 1,25% para 1%.

"Estou convencido sobre o risco deflacionista que ameaça a Europa, o BCE vai agir", disse ontem o presidente francês, Nicolas Sarkozy, durante discurso a apoiadores na cidade francesa de Touloun, que também sublinhou a necessidade de "refundar" a Europa, em outro ponto coincidente com a intervenção de Draghi.

"Os governos devem restaurar -de forma individual ou coletiva- a credibilidade ante os mercados financeiros", disse o presidente do BCE, apelando por um "novo pacto fiscal" entre os países do bloco.

Sarkozy se manifestou no mesmo tom, salientando que "é preciso refundar a Europa já!".

O francês acrescentou que, "se a Europa não mudar, a história do mundo vai ser escrita sem ela".

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