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EUA pressionam Mianmar por reformas

Hillary Clinton diz que Washington não suspenderá sanções até país aprofundar mudanças democráticas

Secretária de Estado americana se encontra com Prêmio Nobel Suu Kyi e pede libertação de prisioneiros políticos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em visita a Mianmar, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, solicitou ao governo do país que amplie as reformas políticas iniciadas ano passado, liberte presos políticos e corte laços militares com a Coreia do Norte.

Hillary disse que as atuais reformas são insuficientes e que os EUA ainda não encerrarão as sanções econômicas. As transações comerciais entre os dois países estão suspensas pelos EUA há 20 anos.

A secretária de Estado está em Mianmar (a antiga Birmânia) desde anteontem, na primeira visita ao país de um membro da alta cúpula de Washington em 50 anos.

A tentativa de reaproximação acontece após a dissolução, em março, da junta militar que governava o país há cinco décadas e a passagem de poder para o presidente Thein Sein (um general que fazia parte da junta).

O novo governo fez algumas concessões à sociedade, como autorizar a realização de protestos, a organização de sindicatos e o regresso da oposição ao processo político.

"Deixei claro que as medidas não têm precedentes e são bem-vindas, mas não são mais que um começo", disse.

Ela pediu que Mianmar pare com a cooperação com a Coreia do Norte no desenvolvimento de mísseis de longo alcance e no setor nuclear.

Solicitou ainda a libertação imediata de presos políticos e se encontrou com a principal líder da oposição e Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi -libertada no ano passado após 15 anos de prisão domiciliar. Segundo Suu Kyi, até agora só 300 dos 1.800 presos políticos do país foram soltos.

Hillary anunciou poucas medidas de incentivo a Mianmar -como o desbloqueio da ajuda do FMI ao país e mais apoio humanitário.

Analistas dizem que a visita é parte da campanha dos EUA para aumentar sua presença no Sudeste Asiático em detrimento da expansão da influência chinesa. Hillary negou.

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