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Kerry volta ao Senado para defender a guerra 42 anos depois de pregar pacifismo

Veterano do Vietnã que pedia o fim do conflito, secretário de Estado americano advogou nesta semana por ação na Síria

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Nas audiências de que participou nesta semana no Congresso americano para defender a intervenção militar na Síria, o secretário de Estado John Kerry acabou confrontado não só pelos parlamentares mas também por seu passado.

"Na primeira vez em que testemunhei nesta comissão, eu tinha 27 anos e sentimentos muito similares aos do manifestante", disse Kerry, logo após ser interrompido por um ativista do Code Pink (Código Rosa, em inglês) no plenário da Comissão das Relações Exteriores do Senado.

Foi em 1971 que Kerry esteve no local pela primeira vez. Na ocasião, que representou o começo da sua carreira política, o então tenente da Marinha, falou contra a Guerra do Vietnã (1955-75). "Como pedir a um homem que seja o último a morrer por um erro?", disse.

Na quarta-feira passada, ele voltou ao tema dos protestos antiguerra. "Quando entrei nesta sala, uma pessoa parou atrás de mim e disse: Por favor, não nos leve a mais uma guerra'", afirmou o democrata. "Deixem-me ser claro: nós não estamos pedindo à América para ir à guerra."

Quando foi sabatinado pelo Senado para ocupar o posto de secretário de Estado, no começo deste ano, Kerry já havia feito referência à sua militância pacifista.

"Quase 42 anos atrás, eu tive a oportunidade de testemunhar diante dessa comissão num difícil momento para nosso país", disse. "Hoje, sou forçado a reconhecer que o mundo era, de muitas maneiras, mais simples."

LIBERAIS À GUERRA

O esforço retórico de Kerry nesta semana não foi diferente do de outros personagens do governo de Barack Obama --ele próprio eleito sob a promessa de encerrar as guerras do antecessor, George W. Bush (2001-09).

Kerry foi a favor da invasão do Iraque em 2003, mas depois se tornou um crítico da intervenção. Os informes de inteligência sobre os arsenais de armas de "destruição em massa" supostamente mantidos pelo regime iraquiano se provaram errados.

Desta vez, coube ao secretário dizer que são confiáveis as fontes da inteligência americana segundo as quais houve um ataque químico nos arredores de Damasco no dia 21 de agosto e o regime foi o responsável por sua realização.


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