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Por diplomacia, Obama pausa ataque à Síria

Em discurso, presidente diz que EUA 'deveriam agir', mas vai analisar proposta para Síria se desfazer de armas químicas

Obama pede a Congresso para adiar votação sobre ofensiva; Damasco diz que assinará convenção que veta arsenal químico

DE NOVA YORK DE LONDRES DE JERUSALÉM

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou ontem que vai "buscar a via diplomática" para reagir ao ataque químico atribuído às forças do ditador sírio Bashar al-Assad, em 21 de agosto.

"Acredito que devemos agir", disse Obama em um discurso em cadeia nacional, no qual defendeu seus argumentos a favor de ação militar contra o arsenal químico de Assad.

No entanto, ele declarou que a proposta de uma resolução exigindo de Damasco que se desfaça desse tipo de armamento "tem o potencial de remover a ameaça das armas químicas sem o uso da força, particularmente porque a Rússia é um dos mais fortes aliados de Assad".

Por isso, Obama pediu ao Congresso que adie a votação sobre o plano da Casa Branca de atacar alvos na Síria.

Havia uma grande expectativa nos EUA em torno da posição do Senado, hoje, que poderia endossar ou recusar a proposta, justamente na data que coincide com o 12º aniversário dos ataques às torres do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001.

O presidente anunciou que o secretário de Estado, John Kerry, se reunirá amanhã com o chanceler russo, Sergei Lavrov. E ele mesmo manterá o diálogo com o presidente Vladimir Putin.

A hipótese de acordo surgiu anteontem, após Kerry afirmar que um ataque poderia ser evitado caso Assad entregasse suas armas.

A Rússia rapidamente disse que aceitava a ideia, mas rejeitava qualquer punição à Síria em caso de descumprimento --EUA e Reino Unido deram apoio a uma proposta da França de deflagrar uma ofensiva militar se Damasco não entregar as armas.

Obama também citou o reconhecimento do regime de que possui armamento químico e a promessa, feita ontem pelo chanceler Walid al-Mualim, de que Damasco assinará a Convenção da ONU sobre armas químicas, que proíbe seu uso --189 países são signatários. "Qualquer acordo precisa comprovar que o regime de Assad mantém seus compromissos."

Apesar da aposta na diplomacia, Obama manteve as ameaças ao regime. Disse que uma ofensiva "é do interesse da segurança nacional" e que "mesmo um ataque limitado vai mandar uma mensagem a Assad que nenhum outro país pode fazer igual".

Ele afirmou também que "Assad e qualquer outro ditador pensaria duas vezes antes de usar armas químicas".

Numa clara tentativa de trazer o assunto mais para perto dos telespectadores americanos, o presidente respondeu a perguntas, enviadas por carta ou feitas por congressistas, sobre os objetivos do ataque.

Ele reconheceu que a ideia de uma nova ação militar americana "não é popular" depois das guerras no Iraque e no Afeganistão, voltou a prometer não empregar tropas por terra e disse não temer uma retaliação em caso de ataque. (JOANA CUNHA, LEANDRO COLON E DIOGO BERCITO)


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