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Assad quer prazo para entregar armas

Ditador sírio diz que passará dados de arsenal 30 dias após assinar tratado, mas governo dos EUA rejeita intervalo

Damasco inicia processo de adesão a convenção que veta armas químicas; Kerry diz que palavras não são suficientes

LEANDRO COLON DE LONDRES

O ditador sírio Bashar al-Assad afirmou, em entrevista ao canal russo Rossiya 24, que começará a fornecer informações sobre seu arsenal químico um mês depois de assinar o tratado internacional que proíbe a produção e o armazenamento desse tipo de arma.

A ONU (Organizações das Nações Unidas) confirmou ontem que já recebeu documentos do regime sírio para aderir ao tratado, que entrou em vigor em 1997 e do qual 189 países são signatários.

O governo sírio chegou a informar que já teria sido aceito como membro do tratado, mas um porta-voz da ONU informou que serão necessários 30 dias para analisar a documentação síria.

Apesar desse gesto, segue o impasse em relação a um acordo com os EUA para evitar uma ação militar.

O problema está no prazo divulgado por Assad. O secretário de Estado americano, John Kerry, sinalizou ontem em Genebra que os EUA não aceitam esperar 30 dias para o ditador começar a abrir mão do material químico.

Após reunião com o chanceler russo, Sergei Lavrov, Kerry disse que o presidente Barack Obama defende uma solução pacífica, mas não se pode confiar só no que Assad promete: "A palavra do regime, na nossa visão, simplesmente não é suficiente."

"Este não é um jogo. Tem que ser real, abrangente, verificável, implementado em tempo hábil e, por fim, deve haver consequências se não ocorrer", disse Kerry, em referência a sanções caso Damasco não cumpra o acordo.

Assad fez questão de frisar que tomou tal decisão a pedido do governo russo, e não por causa da pressão de Obama para atacar seu país. "As ameaças dos EUA não influenciaram a decisão."

Para a Rússia, Assad não pode entregar suas armas sob qualquer tipo de condição ou ameaça. Lavrov declarou que uma indicação de intervenção militar, neste momento, é "desnecessária".

Ele tentou adotar um tom de conciliação ao afirmar que acredita na intenção "pacífica" de Obama.

EUA e Rússia devem continuar as conversas em Genebra entre hoje e amanhã. É aguardada para o início da semana que vem a divulgação do relatório da ONU sobre o uso de armas químicas num ataque nos arredores de Damasco no dia 21 de agosto.

Segundo relatório produzido pelos EUA, 1.429 pessoas morreram no ataque.


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