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Islâmicos prometem conciliação no Egito

Após vitória na primeira fase de eleição parlamentar, partidos prometem democracia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Partido Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, expressou ontem seu interesse em trabalhar com as demais forças do Egito. Com 36,6% dos votos, a Irmandade deverá ter a maior bancada da câmara baixa do Parlamento egípcio.

"Estenderemos as mãos para os demais partidos para superar esse período de transição democrática", disse Ahmed Soubai, porta-voz do Liberdade e Justiça, sem revelar os pontos prioritários do programa da legenda. "O povo egípcio mandou uma mensagem clara e demonstrou que é o único que governa."

Já os salafistas, ultraortodoxos islâmicos, obtiveram 24,3% dos votos para a câmara baixa do Parlamento.

Ahmed Abdel Gafur, secretário-geral do Al Nur, o partido salafista, também procurou se mostrar conciliador. Defendeu a participação da mulher na sociedade -mas seguindo preceitos da sharia, a lei islâmica.

Mohamed ElBaradei, potencial candidato à Presidência pelo bloco que se opõe à junta militar que dirige o país, afirmou que os liberais foram "dizimados" nas urnas.

O fortalecimento dos islâmicos, em geral, e da Irmandade Muçulmana, em particular, já está despertando a preocupação dos cristãos coptas, que representam 10% dos 160 milhões de egípcios, e também de Israel.

"Nós esperamos que o futuro governo do Egito reconheça a importância de manter o tratado de paz com Israel como base para a segurança regional e a estabilidade econômica", disse o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

O Egito foi o primeiro país árabe a reconhecer Israel. O tratado de paz assinado em 1979 entre as duas nações valeu aos egípcios bilhões de dólares por ano em ajuda vinda dos Estados Unidos, além da devolução da península do Sinai por parte de Israel.

A eleição para a câmara baixa -a Assembleia do Povo- se divide em três fases. A última será em janeiro. Depois, haverá três votações para a câmara alta, a Shura.

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