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Irã admite ter estoque de urânio maior do que precisa

Presidente do Parlamento indica que país poderá se desfazer de excedente

Declaração ocorre às vésperas de nova rodada de negociação com as potências; outros parlamentares negam

SAMY ADGHIRNI DE TEERÃ

O Irã admite ter mais urânio enriquecido do que o necessário e está disposto a negociar com o Ocidente uma maneira de se desfazer desse excedente, segundo disse ontem Ali Larijani, um dos homens mais poderosos do país.

A possível concessão aventada por Larijani, presidente do Parlamento e ex-negociador nuclear, surge às vésperas da nova rodada de negociações sobre o programa atômico iraniano, na próxima semana, em Genebra.

"Temos algum excedente, sabe, aquela quantidade de que não precisamos. Mas podemos ter algumas discussões sobre isso", disse Larijani em entrevista à Associated Press.

Ele se referia ao estoque de urânio enriquecido a 20% acumulado pelo Irã, atualmente ao redor de 140 kg. Em tese, seriam necessários ao menos 260 kg numa pureza superior a 90% para fabricar uma ogiva atômica.

O Irã nega categoricamente planos de construir a bomba e alega enriquecer urânio para fins medicinais e energéticos, em conformidade com tratados internacionais.

A declaração de Larijani indica que Teerã pode aceitar se desfazer de parte de seu estoque de urânio enriquecido como parte de um eventual acordo com as potências.

Mas parlamentares iranianos negaram que o país tenha excedente de urânio enriquecido e qualificaram a fala de Larijani de "falsa e inexata".

Segundo o "Wall Street Journal", o Irã oferecerá em Genebra a diminuição do grau de pureza do enriquecimento de urânio e o fechamento da central nuclear de Fordow, construída sob uma montanha no centro do país.

As expectativas de acordo aumentaram depois que o novo presidente iraniano, Hasan Rowhani, conversou ao telefone com o colega americano, Barack Obama, às margens da Assembleia Geral da ONU, há duas semanas.


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