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Rússia afirma ter encontrado drogas em navio apreendido

Embarcação do Greenpeace levava ativistas, entre eles bióloga brasileira, que estão presos; ONG nega acusação

Membros da organização poderão ter acusação de porte ou tráfico de drogas adicionada ao processo que sofrem por pirataria

LEANDRO COLON DE LONDRES

Presos na Rússia desde o dia 19, a bióloga brasileira Ana Paula Maciel e outros ativistas do Greenpeace agora podem sofrer a acusação de carregar drogas no navio apreendido pelas autoridades locais.

O porta-voz do Comitê de Investigação do caso, Vladimir Markin, afirmou ontem que substâncias ilícitas foram encontradas no Arctic Sunrise, onde os 30 ativistas foram detidos durante um protesto no Ártico.

"Durante a inspeção do barco, foram encontradas substâncias narcóticas, como morfina e bulbos de papoula. Estamos estudando a origem destas substâncias e o uso delas", disse Vladimir Markin, porta-voz do Comitê.

Ele indicou que a análise desse material poderá agravar as acusações contra todos. "É evidente que vários dos acusados serão denunciados por delitos mais graves. Está claro que um número de envolvidos cometeu outros sérios crimes", disse.

Até agora, as autoridades russas afirmaram a disposição de processar os envolvidos, incluindo a brasileira, pelo crime de pirataria, cuja pena no país chega a 15 anos de prisão.

De acordo com a legislação russa, a pena só pelo porte de drogas vai de multa a dez anos de prisão. Se for considerado tráfico, poderia chegar a prisão perpétua.

Ao comentar essa nova suspeita, o advogado do Greenpeace na Rússia, Mikhail Kreindlin, afirmou que "o barco se encontra há muito tempo sem tripulação e sob controle de gente desconhecida". "Não quero acusar ninguém, mas nele poderia ser encontrada qualquer coisa."

O Greenpeace nega a presença de drogas a bordo e atribui a acusação a um ato de "difamação".

O drama da brasileira e de seu colegas agravou-se depois que o tribunal da cidade de Murmansk, norte da Rússia, decretou a prisão preventiva deles por dois meses até o fim das investigações.

As autoridades afirmam que a ação dos manifestantes contra a estatal russa de gás e petróleo Gazprom foi um "ataque" à soberania do país.


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