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Fiasco marca novo site do plano de saúde de Obama
Presidente alega que procura surpreendeu
Ao lançar no dia 1º o portal na internet do plano de saúde universal, grande marca de seu governo, Barack Obama disse que seria "tão fácil comparar preços dos planos de saúde e opções quanto é comprar uma passagem no Kayak [site de turismo] ou um aparelho de TV na Amazon".
Mas, para os 17 milhões de americanos que buscaram o www.healthcare.gov, a impressão é de que se trata de um site piloto.
Pesquisas travam ou levam vários minutos para dar resposta, há repetidos avisos de "tente mais tarde" e o site fica fora do ar por horas.
Obama defendeu o site do Plano de Saúde a Preço Acessível, nome oficial do que foi apelidado como Obamacare.
"Quando a Apple lançou seu novo sistema operacional, foram detectados problemas. Eles não acabaram com o novo sistema, apenas corrigiram, é normal". Ele acrescentou que a procura surpreendeu a todos. "Havia muito gente sem cobertura".
O governo não consegue divulgar quantas pessoas conseguiram se inscrever.
O Departamento de Saúde admite que o site só funcionará a 100% em meados de novembro. Senadores e deputados da oposição republicana pediram ontem a renúncia da secretária [ministra] da Saúde, Kathleen Sebelius.
O ex-porta-voz de Obama, Robert Gibbs, disse que "algumas pessoas deveriam ser demitidas" pelo vexame.
Em março, Henry Chao, responsável pelo site, se disse preocupado com o seu lançamento. "Vamos garantir que não seja uma experiência de Terceiro Mundo".
O sistema, que custou cerca de US$ 400 milhões (R$ 870 mi), foi feito com diversas empresas terceirizadas e teve prazos estourados na fase de testes. Dos 50 Estados dos EUA, 14 criaram versões próprias do site, que estão funcionando melhor que o federal.
