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Cristina nomeia técnico para Economia

Hernán Lorenzino foi anunciado ministro pela presidente da Argentina, que assume segundo mandato no sábado

Aos 39 anos de idade, ele defende o retorno do país aos mercados internacionais, de onde está afastado há 10 anos

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

A presidente peronista Cristina Kirchner, que assume novo mandato na Argentina no sábado, anunciou ontem como será o ministério.

As principais novidades são Hernán Lorenzino, que era secretário de Finanças e será o novo titular da pasta de Economia, e Juan Manuel Abal Medina, que ocupava o cargo de secretário de Meios e será o chefe de gabinete da Presidência.

Lorenzino estava entre mais os cotados para substituir Amado Boudou, que foi eleito vice-presidente.

O novo ministro da Economia tem 39 anos, perfil técnico e discreto e é bem visto por empresários e bancos. Defende a volta da Argentina ao mercado internacional, do qual o país se isolou depois da crise de 2001.

Atuou como delegado financeiro da Argentina nos EUA e ajudou a reestruturar as dívidas da província de Buenos Aires e do país.

Além disso, é o representante da Argentina nas negociações com o Clube de Paris. Desde o começo das especulações, era o preferido de Boudou.

"Cristina escolheu um ministro para enfrentar a crise externa. Entre os cotados, era o homem ideal para tentar restabelecer os vínculos da Argentina com o resto do mundo. Mostra que a preocupação do governo é com as finanças públicas e com mudar a imagem da Argentina para investidores", diz o economista Marcelo Elizondo.

Juan Manuel Abal Medina, 43, vem de uma família muito ligada ao peronismo. O pai fez parte do Operativo Retorno, campanha para trazer do exílio o general Juan Domingo Perón, em 1973, enquanto o tio, Fernando Abal Medina, foi um dos principais fundadores da organização guerrilheira Montoneros.

O novo chefe de gabinete teve papel estratégico na primeira gestão de Cristina, comandando o aparato publicitário e de comunicação.

É um dos principais defensores das leis que diminuem poderes dos meios de comunicação que o governo considera monopolistas.

Vários ministros seguirão nos postos: Héctor Timerman (Relações Exteriores), Florencio Randazzo (Interior), Carlos Tomada (Trabalho), Julio De Vido (Planejamento), Nilda Garré (Segurança), Débora Giorgi (Indústria), Julio Alak (Justiça), Juan Manzur (Saúde), Alicia Kirchner (Desenvolvimento Social), Alberto Sileoni (Educação), Arturo Puricelli (Defesa) e Lino Barañao (Ciência).

O ministério de Agricultura ficará a cargo de Norberto Yahuar, enquanto o atual titular, Julián Dominguez, irá para o Congresso.

Também seguem em seus cargos a presidente do Banco Central, Mercedes Marcó del Pont, o secretário de inteligência, Hector Icazuriaga, e o titular da Administração Nacional de Segurança Social, Diego Bossio.

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