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Dilma propõe "modelo brasileiro" aos ricos

DO ARTICULISTA DA FOLHA

A revista anual com as previsões da "Economist", "O Mundo em 2012", chama no alto da capa para artigo da presidente Dilma Rousseff que defende "O modelo brasileiro", que formou o "mercado consumidor [que hoje] dá base para o desenvolvimento autosustentável".

O modelo se caracteriza, diz, pelos programas de transferência de renda, pela política para o salário mínimo e pelos incentivos ao investimento privado, além do investimento público.

Como "o mundo rico agora busca um modelo mais equilibrado", Dilma defende diretrizes comuns para 2012: "relação mais equilibrada entre Estado e mercado"; "políticas pró-crescimento", sem "guerra cambial e comercial"; e "elevar os salários em linha com a produtividade", para permitir distribuição.

Cobra ainda reformas no Conselho de Segurança, no FMI e no Banco Mundial, para "refletir o mundo como é hoje". O analista David Fleischer, da UnB, avalia que o CS só mudará com a reforma geral da ONU, "ninguém sabe quando". Vê "mais chance" no FMI, pelo poder de negociação obtido pelos emergentes com a crise europeia.

A revista aposta, para 2012, que "os emergentes, pela primeira vez, comprarão mais da metade das importações", o que credita ao "rápido crescimento na renda e nos gastos", além do "comércio entre os próprios emergentes, caso de China e Brasil".

A China, pela primeira vez, ganha uma seção própria na revista, como os EUA. E uma foto de seu provável novo presidente em 2012, Xi Jinping, é o foco da capa. A "Economist" arrisca que ele não trará maior mudança.

Sobre EUA e Europa, ironiza que "o mundo não vai acabar em 2012, mas a sensação será de que está prestes".

Fleischer alerta para o "estilo ousado" e sugere cuidado com as apostas. (NS)

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