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Análise

Problemas do Paquistão vão muito além da ação do Taleban

KEVIN WATKINS DO "GUARDIAN"

O Paquistão, de onde vem Malala, é um caso que exemplifica à perfeição as consequências do abandono da educação. Uma em cada quatro crianças está fora da escola primária.

Metade das que chegam à escola a abandona antes do final da terceira série.

Não que concluir a escola seja qualquer garantia de aprendizado. Após três anos de ensino primário, apenas um terço das crianças consegue formular corretamente uma oração ou fazer uma soma com números de dois algarismos.

Por trás desse quadro desalentador estão algumas das maiores desigualdades do mundo. Meninos de famílias urbanas que fazem parte das 20% mais ricas do país têm acesso a dez anos de ensino, em média. Meninas de famílias mais pobres da zona rural estudam apenas um ano.

Enquanto a mídia ocidental foca sua atenção sobre a ameaça representada pelo Taleban, os problemas do Paquistão são mais profundos.

A miséria, a desigualdade de gênero e a omissão da elite política paquistanesa em investir no ensino estão na base da emergência educacional nacional.

As barreiras à igualdade de oportunidades começam muito antes de as crianças chegarem à escola. Mais de 40% dos menores de 5 anos de idade no Paquistão têm estatura pequena devido à desnutrição, com consequências devastadoras para seu desenvolvimento cerebral. Uma em cada cinco famílias vive abaixo da linha de pobreza.


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