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Análise

Sem solução para o euro, resgate pode extrapolar possibilidade de ação política

DO “FINANCIAL TIMES”

Repetidas vezes nos últimos 18 meses os líderes europeus prometeram fazer "o que for preciso" para preservar a moeda única. Com frequência igual suas ações subsequentes -ou sua ausência de ações- desmentiram essas belas promessas.

Parece quase histeria dizer que restam horas para salvar o euro, mas existe o risco de que, se a crise não for dominada agora, o preço do resgate comece a fugir das possibilidades de ação dos políticos.

Os trunfos em jogo na cúpula de amanhã são altíssimos. O mundo não pode se dar ao luxo de mais uma solução pela metade.

Os governos europeus solaparam sua credibilidade tão gravemente que a única maneira de os mercados recuperarem a confiança é colocar dinheiro sobre a mesa. A maneira mais simples seria usar o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira até o máximo, mas já se receia que o fundo não seja capaz de levantar dinheiro suficiente.

A declaração dada nesta semana pela chanceler alemã, Angela Merkel, e pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, foi um começo pouco promissor. O que eles apresentaram foi pouco mais que um plano de estabilidade reforçado, baseado num diagnóstico equivocado da crise.

Um plano politicamente sustentável precisa de abordagem mais imaginativa, que ofereça a esperança de reequilibrar a situação na zona do euro, e não apenas um panorama de austeridade. Também requer contribuições de todos os países da zona do euro, não só de Alemanha e França.

A união monetária só vai poder sobreviver se todos os membros assim quiserem. E o seu fim seria avassalador para credores e devedores.

Tradução de CLARA ALLAIN

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