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Governo ucraniano rastreia celulares de manifestantes

Pessoas na região de protestos recebem alerta sobre participação em "tumulto"

O governo ucraniano usou tecnologia telefônica para localizar com precisão os celulares em uso nas proximidades de enfrentamentos ocorridos entre a polícia e manifestantes ontem.

No início da madrugada, pessoas que estavam nas proximidades dos choques entre a polícia antimotim e os manifestantes receberam uma mensagem de texto dizendo "caro assinante, você foi registrado como participante num tumulto de massas".

A linguagem usada ecoou a de uma nova lei que criminaliza a participação em protestos considerados violentos, tornando-a passível de prisão. A lei entrou em vigor ontem mesmo.

Essa legislação e um pacote de outras leis aprovadas pelos partidos políticos pró-governo no Parlamento parecem seguir os moldes de regras vigentes na vizinha Rússia, pioneira na coordenação entre capacidades técnicas e as leis que endurecem as regras sobre liberdade de expressão e reunião pública.

Mas a mensagem de texto parece ter tido pouco efeito sobre as manifestações na capital ucraniana, Kiev.

Três horas depois de o texto ter sido enviado, a polícia se deparou com uma multidão de cerca de 200 mil manifestantes, muitos deles preparados para lutar.

Os policiais atiraram balas de plástico e granadas de luz (atordoantes). Segundo o serviço médico de Kiev, cem civis e 60 policiais ficaram feridos no confronto.

Um ativista que vem se destacando no movimento, Ihor Lutsenko, desapareceu depois que homens desconhecidos o forçaram a entrar num carro no estacionamento de um hospital.

Em outra tática que aparentemente estava sendo intensificada, jovens portando bastões percorreram ruas laterais nas proximidades da praça central, espancando manifestantes e quebrando vitrines de lojas.

Os líderes da oposição tinham dito acreditar que essas pessoas seriam "hooligans" e desempregados levados à capital de ônibus pelo governo para atuar como força de rua para intimidar manifestantes.

Os protestos começaram em novembro, quando o presidente Viktor Yanukovich se negou a assinar um acordo de livre comércio com a União Europeia, negociando em vez disso um acordo de assistência financeira com a Rússia.

O movimento, que parecia enfraquecido, foi revigorado pela oposição às leis contra reuniões públicas aprovadas na semana passada.


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