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'Roleta da tortura' é achada em prédio da polícia filipina

Objeto foi encontrado por comissão e divulgado pela Anistia Internacional

Roda indicava punições como '20 segundos Manny Pacman', para socos, em referência a pugilista famoso

JIM GOMEZ DA ASSOCIATED PRESS, EM MANILA (FILIPINAS)

Policiais filipinos conduziam um jogo usando uma roleta de tortura para se divertirem e como forma de punir suspeitos de crimes durante interrogatórios.

As torturas incluíam sucessões de socos conhecidas pelo nome do astro do boxe Manny Pacquiao, informaram ontem ativistas e funcionários de organizações de defesa dos direitos humanos.

A divulgação foi feita pela ONG Anistia Internacional.

O jogo envolvia prisioneiros, em sua maioria suspeitos de tráfico de drogas, que eram socados sempre que a roda de tortura parava em "20 segundos de Manny Pacman", o apelido de Pacquiao, ou suspensos de cabeça para baixo se ela parasse em uma punição chamada "bastão 30 segundos", segundo a Anistia Internacional.

O grupo de defesa dos direitos humanos, sediado em Londres, definiu a prática no país asiático como algo "desprezível".

Uma imagem da roda de tortura multicolorida, fornecida pela Comissão de Direitos Humanos, mostrava diversas outras torturas, entre as quais "três minutos zumbis" e "30 segundos passo de ganso/roda gigante", mas não ficou imediatamente claro como essas torturas eram aplicadas.

De acordo com a ativista filipina Loretta Ann Rosales, chefe da comissão de direitos humanos do país, que trouxe o caso à tona, os presos alegam terem sido espancados, eletrocutados ou atingidos por barras de ferro e tacos de beisebol.

Rosales afirma que as investigações começaram após serem recebidos relatos de cerca de 40 detentos no início deste mês. Os maus tratos estariam ocorrendo desde o ano passado.

Alegações de tortura têm ressonância especial nas Filipinas, país que emergiu de uma era de brutal ditadura quase três décadas atrás.

As violações supostamente aconteceram em um centro de inteligência da polícia em Binan, uma cidade da província de Laguna, ao sul de Manila, que não está credenciado como local de detenção e estaria abrigando suspeitos de crimes ilegalmente.

DETENÇÕES

Reuben Theodore Sindac, superintendente sênior e porta-voz da polícia, disse que diversos policiais haviam sido detidos e que uma investigação estava em curso.

Há outros relatos de abusos policiais ocorridos no país nos últimos anos.

Em 2010, 11 policiais de uma delegacia de Manila foram afastados após um canal de TV mostrar um vídeo em que estes batiam em um suspeito de roubo nu.


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