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Ministro alemão sugere sanções caso Ucrânia não solucione crise

Oposição propõe Constituição com menos poder para presidente

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, cogitou anteontem o uso de sanções contra a Ucrânia, a não ser que o governo encontre uma solução política para a disputa com a oposição, que pretende votar uma reforma constitucional no país.

"Eu acho que devemos mostrar sanções agora como uma ameaça", disse Steinmeier em entrevista para a televisão alemã. A declaração difere da posição da chanceler alemã, Angela Merkel, que afirmou, na semana passada, não ver necessidade de sanções neste momento.

Os três partidos opositores representados no Parlamento ucraniano propuseram ontem a volta da Constituição de 2004, que diminui os poderes presidenciais --a escolha do premiê e de governadores locais seria uma responsabilidade da Casa.

O líder opositor Vitali Klitschko lembrou que aquela Carta Magna foi emendada de maneira "inconstitucional" para transformar a Ucrânia em uma república presidencialista em 2010, quando o atual presidente, Viktor Yanukovich, assumiu o poder.

"O chefe de Estado [...] está provocando as pessoas a tomarem medidas radicais e o mundo democrático a aplicar sanções", disse Klitschko após encontro com o presidente, que busca um novo primeiro-ministro depois da renúncia do gabinete de Mykola Azarov.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores ucraniano conversou com o embaixador de Berlim em Kiev. Depois, a chancelaria divulgou nota informando ter enfatizado que é necessário avaliar os processos políticos internos e que declarações provocativas devem ser evitadas.

A Presidência ucraniana rejeitou a proposta de voltar à Constituição de 2004 de maneira rápida.

Yanukovich disse a Klitschko, durante o encontro, que uma reforma poderia levar até seis meses, o que aumentaria a tensão na sociedade, segundo o opositor.

A questão também não foi resolvida no Parlamento. O presidente da Câmara, Volodymyr Rybak, estabeleceu o prazo de até hoje de manhã para que haja decisão final sobre mudanças na Carta.

Ontem à noite, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, telefonou a Yanukovich e instou o presidente ucraniano a dialogar com rivais para obter um "compromisso genuíno" contra a crise no país.


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