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Irã e potências acertam temas de conversa nuclear

Delegações estão otimistas para negociação de entendimento definitivo

Conteúdo dos encontros não foi detalhado; país já diminuiu atividade nuclear com base em acordo provisório

SAMY ADGHIRNI DE TEERÃ

Após três dias de conversas, Irã e potências mundiais anunciaram ontem, em Viena, um acordo sobre datas e modalidades das próximas rodadas de negociação para consolidar recentes avanços no programa nuclear.

Representantes iranianos e do grupo conhecido como P5+1 (EUA, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha) concordaram em agendar novas conversas técnicas nas próximas duas ou três semanas.

Discussões políticas retomam a partir de 17 de março para discutir o futuro de um acordo nuclear provisório em vigor até julho, pelo qual Teerã já freou seu programa atômico em troca de um alívio parcial das sanções.

Diplomatas envolvidos se recusaram a detalhar os temas a ser debatidos nas próximas rodadas, o que sinaliza entendimento comum sobre a necessidade de sigilo para blindar progressos.

"Identificamos todas as áreas que precisamos discutir", disse a representante da União Europeia, Catherine Ashton, que conduz o diálogo com o Irã em nome do P5+1. "Não será fácil, mas tivemos um bom começo", afirmou Ashton.

Na véspera, a delegação iraniana também havia demonstrado otimismo, apesar de deixar claro que não cederá à pressão para incluir nas futuras conversas alguns temas considerados sensíveis.

Uma das questões mais espinhosas envolve as centrífugas que enriquecem o urânio, um material potencialmente usado para obter uma das variáveis da bomba nuclear.

Em virtude do pacto provisório, o Irã já desligou parte das centrífugas, mas as potências pressionam pelo desmantelamento definitivo de algumas máquinas, o que já foi descartado pelos iranianos.

O Irã também rejeita incluir seu programa de mísseis em futuras concessões. Há, ainda, controvérsia sobre um tipo de centrífugas mais moderna que o Irã pretende instalar.

Outro ponto de atrito envolve um reator de água pesada em construção no sul do Irã. O equipamento facilitaria a obtenção de outro tipo de bomba atômica, de plutônio.

Teerã alega que seu programa nuclear tem fins civis. Apesar de fortes resistências internas no Irã e nos EUA, analistas e diplomatas se dizem confiantes sobre um entendimento definitivo.


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