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Votação ocorre sem cabine secreta e em meio a desorganização

LEANDRO COLON DO ENVIADO ESPECIAL À CRIMEIA (UCRÂNIA)

A Folha visitou seções na periferia e no centro de Simferopol, capital da Crimeia.

Ao clima de tranquilidade, sem a pressão de militares nos arredores, se misturou um processo de voto amador, sem muita fiscalização.

Não havia, por exemplo, um controle de quem entrava e saía das salas de votação. A urna onde os cidadãos colocavam as cédulas era completamente transparente, sem qualquer sigilo do voto.

Sem ser abordada, a reportagem entrou numa sala numa escola e registrou imagens de dentro das urnas em que era possível ver os votos depositados e, em alguns casos, até quem os colocou.

Numa seção montada num hospital na periferia da Simferopol, a fila para se registrar se confundia com o mesmo espaço das cabines e das urnas. Era um completo caos, todos na mesma sala.

A CNN diz ter flagrado, em outra cidade, uma pessoa depositando duas cédulas.

O critério de apuração também não foi transparente. Segundo o governo, ao menos 1,2 milhão de pessoas votaram, 82% dos cidadãos aptos a comparecer. Duas horas após o fim da votação, metade das cédulas já tinham sido contadas, informou a comissão do referendo.

O governo da Crimeia vetou a entrada de membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para atuarem como observadores.

Em troca, apresentou à imprensa estrangeira um grupo como observadores internacionais, todos com um discurso a favor do referendo.

Um deles era Charalambos Angurakis, do Partido Comunista grego."Reconhecemos o direito das pessoas de expressarem sua opinião."

O húngaro Belá Kovács disse que não houve violações ou pressão nos eleitores. Foi tudo dentro dos padrões internacionais".


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