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Piloto fez contato com sistema já desativado

Última conversa de comandante do voo da Malaysia Airlines desaparecido há dez dias dizia que estava 'tudo bem'

Revelação indica que ele mentiu ou foi coagido a mentir por sequestradores; buscas têm esforços de 25 países

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um importante sistema de sinalização do avião desaparecido da Malaysia Airlines já havia sido desligado antes da última conversa entre o piloto e o controle de tráfego aéreo, afirmou ontem o governo da Malásia.

Na comunicação, o comandante disse "tudo bem, boa noite". Pouco tempo depois, a aeronave sumiu do radar.

Como é impossível que o sistema tenha sido desligado acidentalmente, o piloto sabia que não estava "tudo bem" neste contato. Isso significa que mentiu ou que foi coagido a mentir --talvez por um sequestrador.

O fato reforça as investigações sobre o piloto e o copiloto. Uma hipótese estudada é de que um dos dois tenha mergulhado o avião num ato de suicídio --levando consigo as outras 238 pessoas a bordo (227 passageiros).

Anteontem, a casa do piloto Zaharie Ahmad Shah, em Kuala Lumpur, passou por revista da polícia, que não deu detalhes sobre a ação. Um simulador de voo foi encontrado e está sendo investigado.

Aviões comerciais usam um sistema de rádio ou satélite para enviar informações que só pode ser desabilitado manualmente --o que requer alto nível de conhecimento técnico.

O premiê do país, Najib Razak, afirmou que o voo MH370 foi desviado de seu rumo de forma deliberada, o que levantou especulações sobre sequestro. Depois disso, o avião ainda teria voado por sete horas.

BUSCAS

Ontem, as autoridades malasianas informaram que as buscas pelo avião foram ampliadas para uma área ainda maior e que incluem esforços de 25 países, segundo o ministro da Defesa malasiano, Hishammuddin Hussein.

Com base em indicações de que a aeronave desviou drasticamente sua trajetória para oeste, o foco das buscas deixou de ser o sul da China e passou a dois corredores.

Um deles, ao norte, vai até o sul do Cazaquistão; o outro, ao sul, vai da Indonésia em direção ao Oceano Índico.

O porta-voz de uma das unidades dos Estados Unidos que participam da busca, comandante William Marks, disse em uma entrevista que a busca no oceano Índico era como "procurar por uma pessoa em algum lugar entre Nova York e Califórnia".

As possibilidades de falha mecânica ou erro do piloto parecem estar descartadas. De acordo com a Malaysia Airlines, piloto e copiloto não pediram para voar juntos, o que diminui a possibilidade de que o desaparecimento tenha sido uma ação coordenada entre os dois.

O voo ia de Kuala Lumpur (Malásia) a Pequim (China) com combustível suficiente apenas para a jornada. Das 239 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes, 154 são chineses.


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