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Governo de Israel solta mais 550 palestinos

Libertação é a 2ª fase do acordo com Hamas; no total, mais de mil deixaram prisões em troca do soldado Gilad Shalit

Governo israelense anuncia também planos de construção de mil novas casas em Jerusalém Oriental

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Israel libertou ontem 550 palestinos, na segunda fase da troca de presos pelo soldado Gilad Shalit. Ele foi solto há dois meses após passar cinco anos sequestrado em poder de milícias palestinas.

A libertação começou às 22h local (18h de Brasília), dentro do cronograma programado e que mais cedo fora divulgado pela porta-voz do Serviço Penitenciário Israelense (SPI), Sivan Weizman.

Horas antes, centenas de palestinos entraram em confronto com soldados israelenses no posto de controle de Beitunia, em Ramallah. Era por onde a maioria dos presos seria libertada na Cisjordânia.

Jovens jogaram pedras e militares atiraram gás lacrimogêneo para conter a multidão. Dezenas de palestinos ficaram feridos.

A segunda lista de reclusos foi elaborada por Israel, como determinavam os termos da troca. Não há membros do Hamas e da Jihad Islâmico entre os prisioneiros soltos.

Segundo o jornal "Haaretz", entre os libertos, estavam seis mulheres e 55 jovens, com idades entre 14 e 17 anos. Eles teriam sido presos por 18 meses por atirar pedras em soldados israelenses.

Grande parte também estava perto de concluir o cumprimento da pena. Cerca de 300 pertencem ao movimento nacionalista Fatah, liderado pelo presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas.

A porta-voz do ministério da Justiça de Israel, Amy Palmor, destacou que os palestinos libertados ontem "não estavam diretamente envolvidos em agressões ou mortes de cidadãos israelenses".

Cerca de 4.250 palestinos, porém, seguem presos por Israel. "Este acordo é uma formalidade e não corresponde às nossas expectativas. Esta segunda fase de libertação não inclui prisioneiros idosos, doentes ou mutilados", afirmou Issa Qaraqe, ministro da Autoridade Palestina à rede de TV CNN.

Na primeira fase do acordo, assinado entre Israel e o grupo extremista palestino Hamas em outubro, 477 prisioneiros foram soltos.

ASSENTAMENTOS

Ontem, Israel anunciou que vai construir mil casas em Jerusalém Oriental e em territórios ocupados na Cisjordânia. Segundo o ministério da Justiça, o governo anunciou planos em novembro de acelerar construções de assentamentos, "em resposta às medidas unilaterais da Palestina na ONU".

Em setembro, autoridades palestinas apresentaram pedido formal de reconhecimento às Nações Unidas.

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