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Irã critica EUA por possível rejeição de visto a embaixador

Congresso americano quer impedir que diplomata, acusado de participar de ataque a embaixada dos EUA, assuma cargo na ONU

SAMY ADGHIRNI DE TEERÃ

O Irã criticou ontem os EUA por se reservarem o direito de negar visto de residência ao novo embaixador iraniano na ONU, sob pretexto de que o diplomata participou do sequestro na embaixada americana em Teerã em 1979.

"A atitude do governo americano é inaceitável", disse a porta-voz da chancelaria iraniana, Marzieh Afkham.

Ela afirmou que o embaixador, Hamid Abutalebi, é um dos "melhores diplomatas" do Irã e já chefiou representações na Itália, Bélgica, União Europeia e Austrália.

A porta-voz disse ainda que a justificativa não tem sentido, já que Abutalebi teria recebido visto de trabalho para entrar nos EUA nos anos 1990.

Como a ONU tem sede em Nova York, os EUA têm a responsabilidade de facilitar os vistos para representantes dos países membros.

Mas a escolha de Abutalebi gerou revolta no Senado americano, que aprovou no início da semana um projeto de lei para barrar sua entrada.

O texto será submetido em breve à Câmara.

Sob pressão, a Casa Branca afirmou anteontem que a escolha de Abutalebi "não é viável", mas não informou se o presidente Barack Obama assinará a lei caso ela seja aprovada pelo Congresso.

Setores anti-Irã acusam Abutalebi de ter integrado o grupo de estudantes que, meses após a revolução islâmica, invadiu a embaixada dos EUA em Teerã e manteve 52 reféns por mais de um ano.

Os estudantes alegaram que a operação pretendia retaliar a decisão de Washington de dar asilo ao xá Mohammad Reza Pahlavi, varrido do poder pela revolução.

A fúria dos sequestradores aumentou depois que eles descobriram sofisticados equipamentos de espionagem escondidos na embaixada.

O episódio levou à ruptura dos laços entre os dois países.

Abutalebi admitiu ser próximo dos estudantes, mas insiste que seu papel era de simples tradutor, a exemplo da atual vice-presidente do Irã para temas ambientais, Massoumeh Ebtekar.


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