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Notícias positivas dão raro alívio à Europa

Bolsas também subiram ontem nos Estados Unidos por causa dos sinais de melhora no mercado imobiliário

Espanhóis levantam € 5,6 bilhões em títulos pagando juros menores do que desembolsavam havia alguns meses

FERNANDO CANZIAN
ENVIADO ESPECIAL A PARIS

A Europa enfim viveu um momento de alívio, com notícias positivas que interromperam a espiral de queda dos mercados nos últimos dias.

A recuperação das Bolsas e do euro ante o dólar se deu no contexto de um mercado esvaziado pelo fim de ano.

A nova postura do BCE (Banco Central Europeu) ajudou na recuperação de ontem. Ela beneficiou principalmente Espanha e Itália, países que perdiam rapidamente a confiança dos mercados.

No caso da Espanha, o país surpreendeu ao conseguir taxas significativamente menores para rolar suas dívidas.

O fato se deu um dia após o novo governo ter anunciado um ambicioso plano de ajuste, no total de € 16,5 bi.

Sinais de vigor na Alemanha e a proximidade de um acordo em Paris entre credores da Grécia sobre a reestruturação da dívida também animaram investidores.

O BCE anunciou há alguns dias que emprestaria de forma ilimitada a juro de 1% ao ano aos bancos da zona do euro. Aparentemente, os bancos decidiram que vão se valer desses empréstimos para aplicar o dinheiro a taxas maiores nos títulos estatais.

O movimento do BCE fez aumentar entre bancos a procura por títulos de dívidas, aliviando a zona do euro.

A principal ameaça à região hoje é a dificuldade que grandes economias como Espanha e Itália encontravam para se financiar. O mercado exigia juros insustentáveis do ponto de vista da evolução do endividamento. Ontem, o quadro mudou.

Em sua última emissão do ano, a Espanha levantou € 5,6 bilhões em títulos de curto prazo. Arrecadou € 1 bilhão a mais do que tinha previsto.

O mais importante é que a Espanha teve de se comprometer a pagar juros equivalentes a menos da metade do que era obrigada há alguns meses. Conseguiu 2,5% ao ano para títulos de seis meses, e 1,9% para os de três.

Os juros dos títulos de longo prazo de Espanha e Itália (de cinco e dez anos) negociados no mercado também diminuíram com a expectativa de que poderão se financiar mais facilmente.

CLIMA

Na Alemanha, pesquisa entre 7.000 empresas mostrou melhora no clima entre empresários da maior economia da Europa de novembro para dezembro. O fato ajudou a levantar o mercado.

A Bolsa de Frankfurt fechou com alta de 3,11%, e a da França, de 2,73%.

Nos EUA, as Bolsas subiram por conta dos sinais de melhora do mercado imobiliário. As ações dos bancos lideraram as altas, com Bank of America, Citigroup e Goldman Sachs apresentando ganhos sólidos após o setor ter caído na segunda-feira.

O índice Dow Jones teve sua quarta maior alta do ano. A Nasdaq e o S&P 500 fecharam com 3% de alta.

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