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Análise Temor chinês é reformas serem feitas de forma imprevisível DA REUTERS, EM PEQUIMA China por anos estimulou Kim Jong-il a adotar reformas econômicas, mas agora que ele morreu teme que as mudanças sejam promovidas de forma rápida e imprevisível demais, ameaçando o controle de Pequim sobre o vizinho. Nas opacas relações entre a China e a Coreia do Norte, muito pode depender de uma simples frase, e uma palavra que Pequim usou em sua reação formal à morte de Kim -"perturbado" ou, em tradução alternativa, "chocado"-, transmitiu parte da incerteza e surpresa que afligem as autoridades chinesas. "Isso vai realmente atrapalhar os planos da China", disse Stephanie Kleine-Ahlbrandt, diretora do projeto do Nordeste Asiático no International Crisis Group. "Eles sentiam, para ser franca, que Kim estaria no controle por um ou dois anos mais, e ficarão muito mais preocupados quanto ao que pode acontecer a seguir." Proteger a estabilidade aos longo dos 1.415 km de fronteira entre aos países terá grande importância, especialmente porque a liderança de Pequim está envolvida em outra sucessão que requererá atenção, no final do ano que vem, quando o presidente Hu Jintao deixará a liderança do país. "Foi realmente inesperado. Não é como se tivessem surgido boatos já há algum tempo, dando prazo a todos para que se preparassem", disse Cai Jian, especialista em assuntos coreanos da Universidade Fudan, em Xangai. Depois de um intervalo decente, a Coreia do Norte provavelmente promoverá mudanças econômicas que representarão oportunidades e preocupações para Pequim, disseram diversos especialistas chineses. "Na política econômica, creio que deva haver mudanças consideráveis agora que Kim Jong-il morreu, e também deve haver passos significativos para a abertura econômica", disse Wei Zhijiang, diretor do instituto de estudos coreanos na Universidade Zhongshan (sul da China). "A geração de Kim Jong-un tem forte consciência de que seu país não pode continuar isolada do mundo", disse. - Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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