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Deslizamento no Everest mata 13 alpinistas
Guias locais instalavam cordas de segurança na rota da escalada quando foram soterrados
Uma avalanche no monte Everest deixou pelo menos 13 mortos e vários feridos na manhã de ontem. De acordo com um oficial do Corpo de Montanhismo do Nepal, sete estão desaparecidos. O acidente é o mais fatal da história do pico, o mais alto do mundo.
O deslizamento ocorreu num dos trechos de maior perigo da rota (a 5.800 metros de altitude) mais percorrida por alpinistas --a mesma percorrida em 1953, na primeira escalada ao topo.
Segundo um porta-voz do Ministério do Turismo nepalês, as vítimas são parte dos sherpas, grupo de montanhistas locais que cuidam da segurança da rota e auxiliam os alpinistas que pagam para escalar o monte.
Com a proximidade da temporada de escaladas --entre o final de abril e o mês de maio--, os sherpas estavam preparando a rota para receber os montanhistas. Eles afixavam cordas no caminho quando foram soterrados pela avalanche.
Os 13 corpos resgatados foram transportados até o campo de base. Três feridos foram levados para a capital do país, Katmandu.
O acidente reacende a questão de que o monte estaria muito "povoado". No ano passado, mais de 500 alpinistas atingiram o topo da montanha. Autoridades nepalesas têm implantado medidas para reduzir esse número.
Oito pessoas morreram no Everest no ano passado, incluindo um guia sherpa.