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Mar revolto impediu retirada, diz capitão de navio da Coreia do Sul
Número confirmado de mortos em naufrágio subiu para 46 ontem
O capitão do navio que naufragou na Coreia do Sul na última quarta-feira, Lee Joon-seok, 68, afirmou ontem não ter pedido aos passageiros que deixassem a embarcação devido à falta de barcos que pudessem resgatá-los e também ao mar revolto.
O total confirmado de mortos subiu para 46, com 255 desaparecidos. Para as autoridades, a decisão de Lee de atrasar a retirada das 476 pessoas a bordo pode ter causado mais mortes no naufrágio.
Preso anteontem e indiciado ontem por homicídio culposo, negligência e abandono do navio, o capitão voltou a pedir desculpas às vítimas.
Lee disse que, no momento do naufrágio, era forte a correnteza e baixa a temperatura da água. "Acreditava que, se as pessoas abandonassem o navio, mesmo com coletes salva-vidas, seriam levadas pela correnteza."
O promotor responsável pelo caso, Yang Jung-jin, afirmou que, no momento do acidente, o navio era conduzido por uma timoneira com apenas seis meses de experiência porque o capitão não estava na sala de controle.