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Tiroteio encerra trégua no leste da Ucrânia
Ao menos três pessoas foram mortas em ataque a barreira que era controlada por grupo separatista pró-Rússia
Líder da ocupação pró-Moscou pede a Putin envio de tropas russas para proteger a população local
Ao menos três pessoas morreram em um tiroteio na madrugada de ontem em um posto de controle perto da cidade ucraniana de Slaviansk, controlada por separatistas pró-Rússia.
O ataque encerrou a anunciada "trégua de Páscoa" entre a Ucrânia e os separatistas e abala o já frágil acordo internacional estabelecido em Genebra para evitar um conflito maior na região.
Os separatistas disseram que foram atacados por membros do grupo nacionalista Setor Direita, da Ucrânia, que negou envolvimento, dizendo que forças russas estavam por trás do conflito.
A polícia de Kiev confirma apenas três mortes. Mas, segundo os separatistas, cinco pessoas teriam morrido: três do grupo pró-Rússia e dois dos agressores.
Um comboio de quatro veículos se aproximou do posto de controle por volta das 2h e abriu fogo.
Segundo um dos rebeldes, três pessoas foram mortas. O grupo respondeu ao ataque e matou dois dos agressores.
Essas foram as primeiras mortes em confrontos no leste do país desde que o acordo de Genebra foi assinado por União Europeia, Rússia, Ucrânia e EUA, na quinta.
O acordo determina a retirada de grupos armados ilegais pró-Rússia. Mas, até agora, os militantes não deram nenhum sinal de que pretendem sair de onde estão.
Depois das mortes, a Rússia questionou se o governo ucraniano, apoiado pelo Ocidente, estava cumprindo o acordo para por fim à crise.
"A trégua da Páscoa foi violada", disse em comunicado o Ministério das Relações Exteriores russo. "Essa provocação demonstra a falta de vontade por parte das autoridades de Kiev de controlar e desarmar os nacionalistas e extremistas."
INTERVENÇÃO RUSSA
Após o tiroteio do domingo de Páscoa, o prefeito autoproclamado da cidade de Slaviansk pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, o envio de tropas para proteger a população local.
"Pedimos que examine o mais rápido possível a possibilidade de enviar forças de manutenção da paz para defender a população dos fascistas", declarou Viacheslav Ponomariov à imprensa.
Ponomariov também decretou um toque de recolher na cidade, controlada por ativistas pró-Moscou há mais de uma semana.
