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Políticos japoneses visitam santuário e irritam vizinhos
Local abriga criminosos de guerra; ação ocorre em meio a viagem do presidente americano, Barack Obama, à Ásia
China e Coreia do Sul protestam, lembrando o passado de ações militares japonesas durante o século 20
Um ministro e cerca de 150 parlamentares japoneses visitaram ontem o controverso santuário Yasukuni de Tóquio, o que causa irritação nos vizinhos, em meio a uma viagem pela Ásia do presidente americano, Barack Obama.
Os políticos rezaram no local que homenageia os japoneses mortos em diferentes conflitos bélicos, entre eles 14 criminosos de guerra condenados à morte pelos Aliados após a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial.
Os vizinhos consideram que se trata de uma recordação do passado militarista japonês --que ocupou partes da China e colonizou a Coreia do Sul entre 1910 e 1945-- e lançam duras críticas quando o local é frequentado por personalidades.
A visita dos políticos acontece dentro do Festival de Primavera. Anteontem, quando o Festival teve início, o premiê Shinzo Abe enviou uma árvore sagrada ao templo.
Em dezembro último, Abe esteve no templo para celebrar o primeiro aniversário de seu retorno ao poder. Desde 2006 um chefe de governo japonês não visitava o local.
A ação irritou Pequim e Seul, cujas relações com Tóquio também estão minadas por disputas territoriais nos mares de China e Japão.
Anteontem, a agência de notícias oficial chinesa Xinhua criticou Abe pela "provocação". Para a agência, "o presente de Abe não é mais do que uma bofetada" no presidente Obama, cujo governo deseja diminuir a tensão nessa região do mundo.
"Nosso governo só pode lamentar o presente de Abe ao Yasukuni, que honra criminosos de guerra e glorifica as invasões e colonizações passadas do Japão", criticou o ministério das Relações Exteriores sul-coreano.