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Venezuela estende benefícios para evitar escassez de produtos
Setor privado terá acesso facilitado a moeda estrangeira para a compra de alimentos e remédios até o fim do ano
CIDH mantém Cuba, Honduras e Venezuela em 'lista negra' por violações graves dos direitos humanos
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, firmou ontem um decreto para estender até 31 de dezembro a facilitação de trâmites para a compra de divisas estrangeiras visando a importação de produtos alimentícios e remédios pelo setor privado.
O decreto, anunciado pelo vice-presidente, Jorge Arreaza, deve ser publicado hoje no Diário Oficial. Segundo o chavista, a partir de janeiro de 2015 serão criados sistemas digitalizados para gerenciar os trâmites, eliminando a necessidade do benefício.
Devido à falta de dólares e ao controle de divisas, feito por meio de leilões, na Venezuela, o país vive uma escassez de produtos essenciais, os quais são quase sempre importados.
Arreaza ainda assegurou que os setores "prioritários" ques serão beneficiados pela medida terão 30% de suas dívidas canceladas, segundo o jornal "El Universal".
Também ontem, na Venezuela, Rosa de Scarano, mulher de Enzo Scarano, ex-prefeito de San Diego, e Patricia Gutiérrez de Ceballos, mulher de Daniel Ceballos, ex-prefeito de San Cristóbal, inscreveram suas candidaturas para concorrer às prefeituras de Valencia e de San Cristóbal, respectivamente.
Seus maridos estão presos, acusados de incitar protestos contra o governo.
As eleições nessas cidades devem ser em 25 de maio.
CIDH
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) manteve Venezuela, Cuba e Honduras em sua lista negra por graves violações dos direitos humanos.
A CIDH, órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), incluiu os três países no capítulo de seu relatório de 2013 dedicado às nações onde há violações maciças, graves e sistemáticas dos direitos humanos.
Na Venezuela, presente na lista desde 2002, persiste a fragilidade e a falta de independência do Poder Judiciário devido ao uso abusivo do direito penal e aos efeitos sobre a liberdade de expressão.
O país, que não reconhece a CIDH desde setembro de 2013, não fez comentários sobre o relatório.