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Opositores formam coalizão na Argentina

Objetivo é apresentar uma candidatura única à Presidência do país no ano que vem
DE BUENOS AIRES

Parte da fragmentada oposição argentina decidiu se unir de olho nas eleições presidenciais de 2015.

A UCR (União Cívica Radical) e o Partido Socialista, junto com outras legendas e a já existente coligação Unem (Coalizão Cívica e Projeto Sul, entre outros), criaram uma grande coalizão, a Frente Ampla-Unem.

Cinco políticos que já se declararam no páreo para a sucessão de Cristina Kirchner integram a aliança. São eles: a deputada Elisa Carrió (Coalizão Cívica), os senadores Fernando Pino Solanas (Projeto Sul) e Ernesto Sanz (UCR) e os ex-governadores e atualmente deputados Hermes Binner (Partido Socialista) e Julio Cobos (UCR).

Na última pesquisa eleitoral, divulgada no dia 13, Binner aparece com 9% das intenções de voto; Cobos, com 8%, e Carrió, com 6%.

Em primeiro lugar, com 25%, está o dissidente governista Sergio Massa (Frente Renovadora); em segundo, Daniel Scioli, aliado da presidente (21%), e em terceiro Mauricio Macri (PRO), prefeito de Buenos Aires, com 16%.

No lançamento da Frente Ampla, anteontem à noite, em Buenos Aires, foi apresentado um documento no qual a aliança promete dialogar, respeitar as regras do jogo democrático e não roubar.

A aliança também prometeu que a escolha do candidato à Casa Rosada será por meio de eleições primárias.

"Nós, partidos e dirigentes que subscrevemos este documento, manifestamos nossa forte vontade de fazer uma coalizão nacional que brinde à Argentina uma alternativa de governo", diz o texto.

Uma das apostas da coalizão é que a sociedade argentina está cansada do peronismo no poder, depois de um mandato de Néstor Kirchner e de dois de Cristina.

Fundado pelo ex-presidente Juan Domingo Perón (1895-1974), o peronismo é um movimento político populista que se apoia, entre outros pontos, no sindicalismo, na intervenção estatal na economia e nos slogans que defendem justiça social. Uma de suas principais características é a figura de um líder.

"Não acredito que a sociedade argentina esteja envolvida nessa disputa de peronistas e antiperonistas. Essa não é a preocupação. As pessoas querem saber é qual político pode ou não solucionar os problemas do país", disse à Folha o analista político Hugo Haime.

Para Haime, era natural a união da centro-esquerda e foi "inteligente" a criação da Frente Ampla-Unem. "Mas há um problema: para algum dos candidatos deles conseguir crescer é preciso que Massa ou Macri percam votos, e são dois candidatos muito fortes."

A Frente Ampla não descarta uma aliança com Macri, que além de prefeito de Buenos Aires é criador do PRO (Proposta Republicana) e ex-presidente do popular clube de futebol Boca Juniors. Mas, até agora, ele não demonstrou interesse.

"Se Macri se somar a essa coalizão, ela também poderá perder votos, já que muitos eleitores não querem votar na direita", avalia Haime. (LM)


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