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Organização nasceu de milícia abandonada

DO "GUARDIAN", EM ABUJA

Há quem acredite que o grupo radical islâmico Boko Haram tenha sido criado como resultado de uma campanha ao governo do Estado de Borno, no nordeste da Nigéria, nos anos 90. Um candidato oposicionista criou uma milícia e a dispersou após a eleição, mas nada fez para cuidar de seus membros.

Um dos líderes, Mohammed Yusuf, conseguiu explorar a frustração dos integrantes e combiná-la a uma agenda islâmica que rejeitava as falhas do governo laico, formando o Jama'atu Ahlis Sunna Lidda'awati wal-Jihad, ou "comprometidos com a propagação das doutrinas do profeta e a jihad".

Em Maiduguri, no nordeste do país, onde a seita tinha o seu QG, ela ganhou o apelido de Boko Haram. Em tradução livre da língua hausa, significa "educação ocidental é pecado".

Pobreza, desemprego e desespero ante a debilidade do governo central se provaram terreno fértil entre jovens desencantados. Yusuf criou um centro de aprendizado religioso, com uma mesquita e uma escola islâmica, que atraía muçulmanos pobres.

Em 2009, o Boko Haram executou uma série de ataques contra edifícios públicos em Maiduguri. As forças de segurança contra-atacaram violentamente, e mais de mil pessoas morreram, nem todas partidárias do grupo. Yusuf foi capturado e morto, e seu corpo foi exibido na TV.

O governo deu o Boko Haram como liquidado, mas a organização se reagrupou sob um novo líder.

Em 2013, o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, declarou estado de emergência em três Estados. Mas os críticos dizem que a resposta foi contraproducente: execuções extrajudiciais e tortura de suspeitos de pertencer ao Boko Haram ajudaram o grupo a recrutar novos membros.


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