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Pyongyang pede 'respeito' à Coreia do Sul

Norte quer delegação oficial do país vizinho para funeral do ditador Kim Jong-il

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Coreia do Norte espera mais da Coreia do Sul do que apenas condolências pela morte do ditador Kim Jong-il, ocorrida no último dia 17.

Ontem, dois dias depois de a Coreia do Sul ter autorizado a ida ao país de somente duas comitivas, a Coreia do Norte pediu uma "demonstração de devido respeito" à morte de seu líder.

Em texto divulgado no site norte-coreano Uriminzokkiri, o novo líder de Pyongyang, Kim Jong-un, diz que espera que a Coreia do Sul envie uma delegação oficial para o funeral do próximo dia 28.

O texto divulgado pelo governo norte-coreano qualifica de "um intolerável insulto à nossa dignidade" o não comparecimento de autoridades sul-coreanas.

"Elas devem pensar sobre o grave impacto que suas ações terão nas relações Norte-Sul", diz o documento. "Dependendo do que for feito, as relações podem melhorar ou piorar."

No mesmo texto, o governo diz que vai aceitar todas as delegações da Coreia do Sul que desejem demonstrar suas condolências, se comprometendo a tomar as medidas necessárias para acolher quem cruzar a fronteira.

"A segurança das delegações de condolências sul-coreanas estará plenamente garantida", diz o texto.

Mas a Coreia do Sul mantém sua intenção original. As duas únicas comitivas autorizadas pelo país para ir ao funeral serão lideradas por Hyun Jeong-eun, a presidente do grupo Hyundai (que tem ligações antigas com a parte norte), e por Lee Hee-ho, viúva do ex-presidente e prêmio Nobel da Paz sul-coreano Kim Dae-jung.

Como o conflito que durou de 1950 a 1953 entre as duas Coreias terminou com uma trégua, e não com um tratado de paz, tecnicamente os dois países permanecem em guerra.

Contatos de cidadãos de Sul e Norte devem ser previamente aprovados por Seul.

Na lista de convidados para o funeral que acontecerá na semana que vem há poucos nomes não-coreanos. Um deles é o de Tenko Hikita, uma mágica japonesa que se apresentou em Pyongyang a pedido de Kim Jong-il nos anos de 1998 e 2000.

Segundo a imprensa, a princesa Tenko, como é conhecida, recebeu o convite de parentes do ex-ditador, de quem seria amiga.

Uma ausência na lista chama atenção, a do filho mais velho do ex-líder, Kim Jong-nam, que teria cerca de 40 anos.

Deportado depois de tentar entrar no Japão com passaporte falso, em 2001, ele caiu em desgraça e hoje vive entre China e Macau.

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