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Tensa, viagem até Bagdá registra disparos de policial contra carros

SAMY ADGHIRNI DO ENVIADO A NAJAF E BAGDÁ (IRAQUE)

"Se Deus quiser, a estrada estará segura", disse o tradutor Mahmood ao entrar no carro, num esforço para não preocupar o repórter antes do trajeto entre Najaf e a capital Bagdá, 170 km ao norte.

Mahmood e o motorista, Abu Haydar, murmuraram uma oração, e o carro partiu, pouco antes das 8h, quando um sol de chumbo já pesava até sobre os ânimos.

Na primeira hora, tocada num trecho mal sinalizado e abarrotado de caminhões, os sustos vieram das barbeiragens em alta velocidade que parecem ser padrão no Oriente Médio.

A chegada à via expressa aliviou a tensão com o volante. Pista em bom estado, faixas largas e sinalização eficiente --tirando placas queimadas ou retorcidas por disparos. Quando o carro percorria o último trecho da via expressa, Mahmood não conteve o nervosismo. "Este é o pedaço mais perigoso, pois estamos em uma área tribal sunita onde ataques e sequestros ainda acontecem."

À frente do carro da Folha, uma picape da polícia com uma metralhadora giratória montada na caçamba rugia ao tentar chegar a Bagdá mais rápido que todo mundo.

De repente, um policial a bordo da picape apontou um fuzil para os carros que vinham atrás. Ouviram-se tiros e um estalo. Mahmood jura que um disparo atingiu um táxi ao nosso lado.

Com a mão, o policial fazia sinal para que mantivessem distância. Mahmood acha que ele estava nervoso porque a picape levava algum insurgente.

Bagdá adentro, nosso carro travou em engarrafamentos causados por postos de controle militar.

Em praticamente cada rua há rastros de atentados, prédios danificados ou carcaças de veículos.


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