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Cresce otimismo do consumidor dos EUA Índice surpreende e e alcança o maior patamar em oito meses; explicação é a melhora do mercado de trabalho Analistas ressalvam que ainda é cedo para saber se começou retomada mais forte da economia do país DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASUma influente sondagem de opinião pública surpreendeu ontem ao revelar uma visão mais otimista sobre a economia americana do que muitos especialistas esperavam. O Índice de Confiança do Consumidor, baseado em pesquisas do instituto privado Conference Board, alcançou o seu maior patamar em oito meses. Dezembro teve um resultado de 64,5 pontos, mais perto do pico dos últimos quatro anos (72, registrado em fevereiro) e acima do de novembro (55,5) e das projeções do mercado (59). Em termos práticos, se o consumidor está mais seguro em relação ao seu emprego e acredita que conseguirá mais renda à frente, se dispõe a abrir mais a carteira. Os números mais recentes do comércio eletrônico reforçaram esse prognóstico. Ontem, a consultoria Coremetrics divulgou que as vendas de Natal pela internet nos EUA superaram a mesma data de 2010 em 16,4%. Para analistas, a explicação primordial está no mercado de trabalho. A taxa desemprego, que já se aproximou da marca dos 10%, desceu para menos de 9% no mês passado. Mais de 100 mil postos de trabalho foram criados nos últimos cinco meses, enquanto a demanda pelo auxílio-desemprego enfraqueceu para o nível mais baixo desde abril de 2008. Apesar do otimismo, "é cedo para saber se isso é apenas a recuperação das quedas anteriores [do índice de confiança] ou se é realmente uma nova tendência", afirmou Lynn Franco, a economista do Conference Board. "Há um bocado de espaço para problemas", disse Mark Vitner, economista do banco Wells Fargo, em comentário sobre a pesquisa. Além da sempre presente crise europeia, outra dificuldade da economia americana é a reiterada fraqueza do seu mercado imobiliário. O preço médio das casas nas 20 principais regiões metropolitanas do país encolheu 1,2% em outubro, logo após uma retração de 0,6% em setembro, conforme a pesquisa mais recente do setor. Outro fator de risco ameaça a recuperação dos EUA: o rombo das contas públicas. A própria Casa Branca admitiu que a dívida pública deve bater o teto máximo autorizado pelo Congresso (US$ 15,9 trilhões) já no mês que vem. Antecipando o problema, que ameaça levar a maior economia mundial ao calote, o gabinete de Barack Obama adiantou que vai pedir nesta semana uma ampliação desse limite em US$ 1,2 trilhão. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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